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17/03/2011 - 19:16

Justiça devolve cargo a delegado de Comodoro preso por tráfico em Goias

Por Revista Celebridades/Eva Santtus

Preso em Outubro de 2010 pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (GENARC) de Catalão/GO, Arnaldo Agostinho Sottani delegado de policia civil de Comodoro/MT, distante (644 km) da Capital Cuiabá, já esta em liberdade, Sottani foi preso sob a acusação de envolvimento com o trafico de drogas interestadual e cumpriu prisão preventiva ate o inicio deste ano no Estado de Goiás. De acordo com o GENARC o delegado transportava a droga em uma aeronave que estava em seu poder. Pela primeira vez, o Delegado falou sobre o caso. Na manhã desta quinta-feira (17/03) Drº Arnaldo concedeu entrevista a TV Record de Comodoro relatando com exclusividade detalhes do fato a repórter Elizabeth Cardoso. Veja parte da fala do Delegado “Na ocasião em que ocorreu a minha prisão, meu pai entrou em coma, por este motivo entrei com pedido de licença medica por 3 meses para acompanhar o meu pai, mais infelizmente em um mês meu pai faleceu, a prisão ocorreu quando eu voltava de Minas Gerais para Mato grosso, após o velório do meu pai. Fiz um pouso em Catalão devido o mal tempo, na verdade não estava programado fazer este pouso, ao fazer o pouso abasteci e o guardei, em seguida, por volta de 2 da tarde fui ate a cidade para almoçar, retornei ate ao avião aguardando o mal tempo melhorar para levantar vôo, mas não foi possível, então foi ai que retornei ate a cidade momento em que fui abordado por policiais militares, eram dois, de forma violenta, com armas em punho e apontadas para mim, disseram que tinham uma denuncia anônima da qual eu estaria transportando entorpecente na aeronave, imediatamente fizeram revista em mim, na aeronave, mesmo eu me identificando como Delegado, me algemaram e me colocaram no porta malas do veículos, percebi que eles não acreditaram que eu fosse um policial. Em seguida me conduziram ate a delegacia depois de transitarem comigo por matos e lagoas e regiões da zona rural da cidade de catalão, fiquei em poder deles por cerca de 3 horas, depois fui novamente conduzido a delegacia, la fui submetido a uma sessão de tortura, por cerca de 10 horas, do inicio da noite ate a madrugada fui torturado, e eles de forma nenhuma acreditavam que eu realmente fosse um delegado; não deixaram eu falar com um advogado momento algum, não deixava eu comer, não deixava eu beber água, percebi que estes “Policiais Narcóticos” de Catalão é um grupo recém criado totalmente despreparados, nem droga eles não conheciam, depois de terem feito tudo isso, no inicio da manhã quando eles viram as reportagens da internet com fotos e tudo mais, ligaram para Cuiabá para checar, após chegar a conclusão de que realmente eu era um policial, isso foi logo no inicio da manhã, eles me liberaram. Fui para o hotel descansei um pouco e depois voltei ate a delegacia para pegar os meus pertences que havia ficado la inclusive a chave do avião para poder decolar e seguir viagem, quando de repente fui surpreendido novamente, me colocaram pra dentro da delegacia de novo, sem nenhum mandado de prisão em mãos fiquei la do meio dia ate 5 da tarde, só depois foram me apresentar um mandado de prisão temporário expedido pelo Juiz da comarca de catalão pra que eu fosse investigado. Na minha opinião, foi uma seqüência de erros e ilegalidades que eles cometeram pra justificar suas atitudes, pra se safarem de seus erros eles arrumaram um mandato de prisão contra mim; pois tinham certeza de que eu iria processá-los, como já estou fazendo, inclusive um dos delegados esta afastado. Eu nunca vi uma prisão de trafico de entorpecente sem existir o entorpecente. Varias imprensas noticiaram o caso e chegaram a divulgar de que era um mistério a minha prisão, não foi apreendido entorpecente comigo porque nunca existiu esse entorpecente; não foi se quer encontrado pistas deste entorpecente, não existe uma escuta telefônica, não existe depoimento testemunhal, não existe nada contra mim, a única coisa que existe é uma denuncia anônima, acredito que partiu de algum funcionário do aeroporto que viu um avião camuflado, um avião que foi usado pela força aérea na década de 70 e que chamou a atenção, eu não menti, perguntaram de onde eu era eu disse, moro em Comodoro Mato Grosso divisa da Bolívia, isso deve ter chamado a atenção de alguém ali que ligou pra policia militar. Se lerem o mandado de prisão vão ver la, o juiz disse “Por ser um delegado de policia, morador da fronteira decreto a prisão preventiva”, quer dizer, sem nenhum argumento, uma atitude absurda, o delegado de Catalão pra justificar o seu erro disse à imprensa que eu teria confessado a pratica do crime a ele, e que estaria ate d eposse de um vídeo, como se confessa um crime de entorpecente, se não existe este entorpecente? Onde esta o auto do interrogatório que eu teria confessado? Se eu tivesse confessado eu teria no mínimo que ter assinado. Uma hora eles diziam que eu estaria transportando 500 kg de cocaína, depois viram que o avião é uma aeronave experimental e que não comporta tal quantidade, ai já disseram que eram 50 e poucos kg. Não sei se eles faltaram a aula de geografia durante o período da escola, eles esqueceram que Goiás esta entre Minas e Mato Grosso, se eu tivesse transportando drogas para Goiás, eu sairia de mato grosso e deixaria a droga em Goiás, não atravessaria o Estado de Goiás inteiro, pra ir pra Minas, ficar la uma sema no velório do meu pai, andando com a droga pra baixo e pra cima e depois voltar pra deixar a droga em Goiás, então foi uma salada de ilegalidade e de erros grosseiros, agora estou promovendo o arquivamento do processo, pois a denuncia inicial no Ministério Publico se tornou inédita, tendo em vista que ela foi feito em cima de um inquérito totalmente forjado sem materialidade nenhuma. Indignado, Sottani disse que ira processar o estado de Goiás. De acordo com a fonte, a Justiça restituiu o cargo a Arnaldo; que aguarda uma possível transferência para o município de Colniza/MT, distante da Capital Cuiabá (1.065 km) a noroeste do Estado.
 
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