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15/03/2011 - 14:28

Pedro Henry recorre de decisão contra terceirização e garante legalidade

Por Alline Marques

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP), irá recorrer da decisão que suspendeu o edital de “Chamamento Público” para contratação de Organização Social (OS) para administrar o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. Ele garantiu que irá provar a constitucionalidade e legalidade do novo modelo de gestão que vem provocando polêmica e insatisfação na classe médica, em greve desde quinta-feira (10). “Vou provar constitucionalidade do edital. Vamos recorrer e garantir a legalidade deste modelo. Nós não temos nada a esconder, estamos de porta abertas para fazer melhor para população mato-grossense. Não tenho constrangimento”, afirmou em entrevista ao Programa Cidade Independente, na Rádio Cidade 94,3FM. Henry ainda afirmou ser contra a privatização e garantiu que todos os bens públicos dos hospitais continuarão sendo do Estado. Ele atestou também que não haverá demissão e os servidores que forem cedidos às OSs continuarão recebendo pelo governo. Sobre como funcionará a parceria entre Estado e OS, o secretário explicou que o governo irá passar o balanço do hospital para a organização, que irá elaborar um estudo e apresentar uma proposta com o valor mensal dos gastos. Assina-se o contrato e a Secretaria ficará responsável por repassar os recursos e fiscalizar os trabalhos. “Se trabalhar menos do que o apresentado na proposta abaixa-se os repasses. Se for a mais, sentaremos e discutiremos um novo valor”, afirmou. Quanto a possibilidade dos servidores da Saúde também entrarem em greve ainda nesta semana, Henry disse que se reuniu na tarde de segunda-feira (14) com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma-MT), Aparecida Silva Rodrigues, na tentativa de um acordo. Porém, o progressista adiantou que o Estado não negociará com servidores em greve e caso queiram manter o diálogo e a possibilidade de acordo melhor manter as atividades. “O estado não pode negociar com quem está em greve. Portanto, se parar as atividades será decidido na justiça. Acho um equívoco terrível entrar em greve neste momento, sendo que há conversas. Em algumas coisas o Estado concorda, outras não, pois ainda não sabemos os impactos no governo”, ressaltou. Henry também destacou que os médicos e os servidores da saúde defendem interesses opostos. Segundo Henry, o Sisma quer um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos servidores da saúde, já os médicos querem a redução de carga horária de 40 para 20 horas, sem diminuir o salário e a exigência seria aplicada apenas para a categoria.
 
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