Jornal Oeste

O secretário estadual de Transporte e Pavimentação Urbana, Arnaldo Alves, e o vice-líder do governo na Assembleia, Wagner Ramos (PR), já criticam a administração do ex-governador Blairo Maggi (PR), hoje no Senado, pela qualidade do asfalto usado na construção de rodovias por meio de empréstimos. “Infelizmente, lá atrás, quando construíram estas estradas, houve um déficit muito grande para o Estado”, disse Arnaldo, com exclusividade ao RDTV. Segundo ele, parte da dívida de R$ 1 milhão contraída na gestão anterior foi empregada na construção de pontes e estradas no ano passado. “Infelizmente, ao longo do período, o Estado não teve capacidade de pagar”. Arnaldo pondera que o governador Silval Barbosa (PMDB) fez um acordo com o Tesouro Nacional para quitar o débito. “O Estado vem honrando e volta a ter capacidade de aplicar recurso, desde que de forma organizada e controlada”. Enquanto isso, Wagner Ramos reclamou que a MT-358, no trecho Jangada-Barra do Bugres e Jangada-Tangará da Serra, está praticamente intransitável. Ele disse que sente vergonha em ser deputado estadual e trafegar toda semana pela trecho, por ter base eleitoral em Tangará. “Não dá mais para suportar o descaso com a recuperação das estradas”, criticou. Segundo ele, das três empresas contratadas para recuperar três trechos da rodovia, duas já praticamente abandonaram as obras. Contudo, os motoristas que transitam pela região terão que se acostumar com os buracos. Segundo ele, representantes da empresa responsável pelo trecho entre Jangada e Barra do Bugres já informaram que desistiram de cumprir o contrato. “Vou fazer nova licitação no trecho”, informou. De acordo com ele, parte das estradas terão que ser recuperadas integralmente. Mesmo com as obras, a qualidade do asfalto previsto nos contratos licitados duram, em média, apenas um ano. O ideal seria a utilização de asfalto quente ou de contrato, porém, devido aos custos, o governo opta pelo mais barato.