Jornal Oeste

Quinhentos e sessenta e dois habitantes por policial. Essa é a proporção da segurança militar em Cáceres. O efetivo do 6º Batalhão de Polícia Militar (6ºBPM), instalado no município é de 160 homens responsáveis pela segurança de cerca de 90 mil habitantes. O número é muito aquém do estabelecido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) que estabelece 250 policiais por habitante. Para atender o que preceitua a determinação internacional seria necessário, mais que o dobro do efetivo atualmente disponível. O próprio comando do batalhão admite que, para atender as demandas de serviços e segurança, seria preciso, pelo menos 320 policiais. A deficiência de efetivo é verificada em todos os batalhões e companhias da Polícia Militar na região da fronteira. Os comandos evitam dar maiores detalhes sobre o assunto e, principalmente, revelar o número de policiais lotados em cada unidade. São de opiniões de que, a revelação poderá favorecer a ação do crime organizado. “Expor as nossas deficiências, principalmente, sobre o número do efetivo seria, no mínimo, fornecer “munições” aos grupos do crime organizado que atuam na região da fronteira” argumenta um policial justificando a razão de não informar o número de policiais da corporação. Além do 6º Batalhão em Cáceres, informações são de que o número do efetivo é aquém do necessário no 17º Batalhão da PM de Mirassol D´Oeste e no 18ºBPM de Pontes e Lacerda, assim como nas companhias da PM de Vila Bela da Santíssima Trindade, Comodoro, Salto do Céu, Rio Branco, Araputanga, São José dos IV Marcos, bem como nos destacamentos de vários pequenos municípios e distritos da região. “É uma realidade que temos que conviver com ela” afirma o major comandante da unidade.