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02/03/2011 - 07:00

Rio Paraguai em Cáceres está à 80 centímetros da cota de alerta

Por Tania Rauber

O aumento no nível dos rios Paraguai, Vermelho e Araguaia colocou várias cidades mato-grossenses em estado de alerta. Apesar de não haver risco de enchentes, segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas esperadas para o mês de março podem ocasionar transtornos em algumas regiões. Em Cáceres a Agência Fluvial diz que faltam apenas 80 centímetros para o rio Paraguai atingir o limite máximo de segurança. O comandante da unidade, capitão Pedro Garcia de Carvalho, informou que, atualmente, o nível está em 4,80 metros. "Ele subiu muito desde janeiro, quando o nível era de 1,50 metro. Porém, o risco de enchentes só ocorre se ele passar de 5,60 metros". Garcia ressaltou que as regiões mais afetadas são as de comunidades ribeirinhas. Na comunidade do Limão, que fica às margens do rio Jauru, afluente do Paraguai, várias famílias estão em alerta. "A comunidade fica a cerca de 60 quilômetros de Cáceres e, naquela região, existem várias outras na mesma situação. Mas até agora não recebemos nenhuma solicitação de apoio". Ele garantiu que o monitoramento do rio continuará sendo feito diariamente e, se houver risco, a população ribeirinha pode ser retirada das áreas afetadas. "Sabemos que as chuvas continuarão fortes este mês, então temos que ficar alertas porque o nível do rio pode atingir a cota máxima de segurança". Em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), o rio Vermelho voltou a baixar depois de atingir o maior nível desde dezembro de 2009. A Defesa Civil manteve regime de alerta desde domingo, quando as águas subiram para 5,14 metros. Segundo o coordenador Messias Cardoso, nesta terça-feira elas baixaram para 3,75 metros. "Estamos fazendo o monitoramento e recebemos informações que parou de chover na cabeceira do rio, que fica na região de Poxoréu, então a tendência é que ele baixe". O rio Vermelho corta a cidade e, em dezembro de 2009, teve sua última enchente. Ao atingir 7 metros, as águas invadiram várias casas e deixaram 25 famílias desabrigadas. Em Cuiabá e Várzea Grande a situação é de tranquilidade. O nível do rio Cuiabá está abaixo de 2 metros e não deve atingir a cota máxima que é de 8 metros. O coordenador da Defesa Civil de Várzea Grande, Rodrigo Alonso, informou que as comunidades mais prejudicadas são as de Bom Sucesso e Praia Grande, que ficam às margens do rio, porém, não há nenhuma ameaça de enchente. "No ano passado, o carnaval teve que ser interrompido uma noite em Bom Sucesso porque o nível do rio subiu muito e corria risco de invadir as casas, mas este ano o clima é de tranquilidade". O mesmo ocorre em Cuiabá. A Defesa Civil acredita que, dificilmente, haverá problemas de enchentes até o término do período chuvoso. "Vamos ver como o clima se comporta este mês, se vão ocorrer chuvas mais intensas. Mas achamos difícil atingir os 8 metros", acrescentou o coordenador José Zaneti. Em Barra do Garças (500 km ao leste de Cuiabá), o Corpo de Bombeiros monitora diariamente o rio Araguaia, que está longe de atingir os 6 metros, considerado nível de alerta e ameaça às comunidades ribeirinhas. O sargento Marcel Bueno Santana declarou que, até o momento, não foi registrado nenhum pico de cheia. "O rio é bastante previsível. Se não apresentar nenhum pico alto até final de fevereiro, é sinal que não teremos problemas em março. Mas vamos continuar monitorando para evitar desastres".
 
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