Jornal Oeste

Quinze presos, todos traficantes, fugiram da Cadeia Pública de Cáceres na madrugada desta sexta-feira. A fuga ocorreu por volta de 4h. Eles cavaram um túnel da ala de confecção de artesanato, saindo do outro lado prédio. Não foi informada a dimensão da rota. Nas proximidades da saída do túnel os fugitivos deixaram várias peças de roupas que serão vistoriadas pela Polícia Técnica. Mas, até agora, depois de cinco horas, nenhum perito compareceu ao local. Dos 15 fugitivos, a Policia Militar, responsável pela segurança do presidio, recuperou apenas dois. A PM já fez a recontagem dos detentos e, neste momento, a direção da cadeia está reunida com policiais militares, realizando uma averiguação, minuciosa, nas celas. A relação nominal e as fotos dos fugitivos estão sendo distribuídas a imprensa e encaminhadas para os setores de segurança, em pontos estratégicos do município, como para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar e Grupo Especial de Fronteira (Gefron), que detém barreiras fixas e móveis na fronteira com a Bolívia. Os presos que fugiram são Adriano de Lima Antunes, Cleyton Camargo da Silva, Jurandir da Silva Moraes, Odair dos Santos Silva, Paulo Ricardo Cardoso, Rodrigo Brandino, Saulo Pereira Gomes, Valdir Gomes Machado, Benedito Marques Moreira Neto, Carlos Zarate Baiba, Cecílio Roberto Rico Meiras, Celso Donizeto Matias, Cristian Costa Silva, João Correa de Oliveira Filho e Juscelino da Silva Rondon. Segundo a Polícia, Cleyton Camargo da Silva e João Correa de Oliveira Filho foram recapturados. Essa foi a terceira fuga de presos ocorrida no cadeião de Cáceres, nos últimos 30 dias. A primeira ocorreu em meados de janeiro quando 24 presos, cavando um túnel de, aproximadamente, 6 metros, fugiram. Desse total, nove foram recuperados. A cadeia de Cáceres é considerada uma das mais problemáticas do Estado. Projetada para abrigar 230 presos está, atualmente, com aproximadamente, 450 detentos que se amontoam em oito alas. Algumas celas com capacidade de 12 estão com até 30 presos. O Ministério Público defende a transferência dos condenados. Número que, conforme a direção da cadeia, chega a 180. Porém, a transferência esbarra em questões burocráticas e políticas. Embora a Justiça, através da Vara de Execuções Penais, já tenha autorizado algumas transferências, apenas 20 reeducandos deixaram o prédio, porque não existe o aval da Secretaria de Segurança Pública para execução do feito. O pedido do MP é para que os condenados sejam levados para as penitenciárias de Mata Grande, em Rondonópolis e Água Boa.