Jornal Oeste

Luiz Esmael Da Redação Desde 2006, a história se repete. Termina o Campeonato Mato-grossense de Futebol e os clubes reclamam da demora em receber a ajuda custo do governo do Estado, estimado em R$ 800 mil. Criado há quatro anos, tendo os deputados José Riva e Sérgio Ricardo como padrinhos, o projeto de lei que institui repasse de verba aos times que disputam a principal divisão do futebol profissional de Mato Grosso, ainda causa polêmica pela lentidão do trâmite do dinheiro chegar nas mãos dos dirigentes. Por conta da morosidade, os clubes sempre endividados pelos compromissos assumidos durante o Estadual, acabam se livrando dos credores culpando seus principais aliados: a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) e o governo do Estado. Inclusive, o governador Blairo Maggi chegou a ameaçar a ajuda financeira pelo fato de ter sido cobrado no interior do Estado por empresários que teriam dinheiro a receber de vários dirigentes de clubes que, por sua vez, jogavam a responsabilidade para cima do governo do Estado. O Campeonato Mato-grossense deste ano começou no final de janeiro e encerrou no dia 17 de maio. Já são mais de 20 dias que o Estadual conheceu o time campeão - Luverdense - e até ontem à tarde não havia resposta de quando a verba, orçada em pouco mais de R$ 800 mil, seria liberada. Procurado pela reportagem da A Gazeta, o presidente da FMF Carlos Orione afirmou que a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel) era a mais indicada para responder sobre o assunto. Há dias, A Gazeta recebeu inúmeras ligações de dirigentes de clubes reclamando da demora do governo do Estado em repassar a verba. Segundo eles, a maioria das equipes entra no Campeonato Estadual confiando na verba prometida pelo Executivo estadual. Já o secretário da pasta Baiano Filho destaca a falta de organização de alguns dirigentes em regularizar a situação dos clubes para receber o dinheiro. De acordo com ele, muitos times ainda não prestaram conta do repasse feito em relação ao Mato-grossense do ano passado. Por isso, a ajuda não é liberada. Já Carlos Orione afirma que toda parceria fechada entre Seel e a FMF teve sua prestação de conta.