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24/02/2011 - 09:22

Pedro Henry quer o PP longe do governo nas elições municipais de 2012

Por Sonia Fiori

Presidente regional do PP, Pedro Henry, lançou um discurso de independência da legenda, que desde já entra em linha de choque com o bloco político formado nas eleições de 2010, numa aliança com o PMDB do governador Silval Barbosa, o PR e o PT. Em tom contundente, afirmou que o partido terá candidaturas próprias nos 141 municípios de Mato Grosso e que esse projeto é do Partido Progressista. Foi mais além ao assegurar que, para o PP, o novo pleito terá alianças a partir de novos entendimentos deixando claro que a composição com partidos como o PMDB dependem de novas articulações. "Eleição municipal não tem nada a ver com outras eleições. Se houver aliança é uma iniciativa que precisa ser conversada. Não vou me submeter a ninguém. E se o partido não conseguir se firmar sozinho aí poderemos conversar sobre aliança. O PP terá candidatos as prefeituras em todos os municípios, não apenas nas cidades pólo", disparou. A postura do progressista, já de início, entra na contramão dos planos do Partido da República. O presidente do diretório regional do PR, deputado licenciado Wellington Fagundes, deu inícios as articulações que tem o objetivo de reeditar a aliança com as principais siglas do processo eleitoral de 2010. Ele conversou sobre o assunto, de forma informal, com o governador Silval Barbosa que num primeiro momento mantém simpatia pelos planos. Entretanto, o crescimento do PP nos últimos pleitos coloca a sigla num cenário confortável, principalmente para discutir novas composições. Henry, que também está no comando da secretaria estadual de Saúde, confia na força do partido e no peso político dos representantes da legenda para colocar o PP em posição de destaque. Na Assembleia Legislativa a bancada tem musculatura, com cinco cadeiras uma delas ocupada pelo presidente do Poder, deputado José Riva (PP). Na direção da legenda, Henry dá ênfase as ações para o fortalecimento do PP, mas ainda não discute nomes. No pleito geral de 2010, o PP chegou a ser visto como "bola da vez" devido a densidade eleitoral - e selou parceria com o grupo político liderado por Silval. o. O discurso de Henry, que também gera polêmica sobre suas ações referentes a pasta da Saúde, promete esquentar o caldeirão das costuras políticas. Entendimento na sigla, de alguns membros, de que participação do partido no governo estadual é resultado do acordo firmado nas eleições de 2010 e de que a construção de uma aliança com as mesmas legendas faz parte de um novo processo de discussões. O PMDB, sob a direção do cacique Carlos Bezerra, também trabalha com a meta de ampliar o número de projetos próprios para as próximas eleições. Dessa forma, o discurso enfático de Henry poderá gerar, desde já, desconforto entre as siglas aliadas.
 
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