Jornal Oeste

Executiva nacional do PTB determinou a dissolução de todos os diretórios regionais e municipais. Com a decisão, o Diretório Regional de Mato Grosso e as direções municipais da legenda passam à condição de comissão provisória pelo período de um ano. A estratégia visa facilitar as ações de punição de infiéis, que poderão ser expulsos da sigla caso comprovada a quebra de vínculo com o projeto político do partido, com ênfase nas eleições de 2010. Presidente do diretório estadual, o prefeito Chico Galindo (PTB) considerou positiva a decisão. Segundo ele, a comissão provisória regional mantém o domínio sobre as ações de intervenção e de punição daqueles que deixaram de seguir as orientações partidárias. O dirigente partidário possui em mãos um diagnóstico preliminar sobre casos que envolvem militantes, presidentes da legenda e até prefeitos, que desconsideraram os planos da legenda - relacionados ao pleito geral. O prefeito de Nova Xavantina, Gercino Caetano Rosa, do mesmo partido, está na mira da direção estadual. Nas eleições de 2010, ele anunciou oficialmente apoio à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Galindo fez questão de lembrar que à época, o PTB selou aliança com o então candidato ao governo, Wilson Santos (PSDB), numa parceria contabilizada ainda com o DEM. Além de gestores municipais, a sigla amargou resultados através de outras manifestações favoráveis ao projeto do PMDB. O mesmo problema foi verificado no DEM, que teve pelo menos 12 prefeitos apoiadores de Silval. A falta de entendimento entre as direções regionais e os comandos municipais, relativa a campanha, colocou o PTB em posição de saia-justa diante dos tucanos. Galindo determinou a confecção de uma mapa sobre os infiéis. No entanto, os processos sobre infidelidade partidária devem passar pela análise da Comissão de Ética do partido e posteriormente, pelo crivo da Executiva regional. Galindo, que demonstra proximidade hoje com a administração Silval Barbosa, reitera a importância de se manter no partido a ética e coerência em relação ao cumprimento das normas e do projeto político da sigla. "Tivemos traidores sim e o PTB vai punir quem não cumpriu a orientação do partido. É preciso respeitar o partido enquanto instituição. Por isso vamos fazer um balanço, seguindo a orientação da Executiva nacional, para punir infiéis se for este o caso", enfatizou. Ele destacou ainda que o partido, através das ações previstas para 2011, lançará trabalhos voltados para as eleições de 2012. Disse ainda que avaliará a posição do PTB sobre aliança a ser formada para as próximas eleições. "Não temos posição definida. Todas as conversas são prematuras", disse.