Jornal Oeste

Após ser informado da convocação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para explicar sobre supostas irregularidades na Secretaria de Estado de Saúde (SES), o titular da Pasta, deputado licenciado Pedro Henry (PP), marcou para a próxima semana uma explanação sobre a situação encontrada por ele na Secretaria. Porém, hoje acompanhado de técnicos do Tribunal, o secretário visita unidades de Saúde de Várzea Grande. Os esclarecimentos serão feitos ao pleno do TCE na próxima terça-feira, quando ocorrem as sessões plenárias do Tribunal. Henry tão logo soube da convocação se antecipou para explicar a situação da Secretaria. O secretário fez o pedido de reunião durante a capacitação para gestores do Poder Executivo estadual que está sendo realizada na Escola Superior de Contas, promovida pelo Tribunal de Contas. A convocação foi sugerida pelo conselheiro Humberto Bosaipo, relator das contas da SES de 2010. O Pleno do TCE quer saber quais as falhas que teriam sido detectadas pelo secretário no órgão, já que as contas anteriores da Pasta foram aprovadas pelo próprio TCE, o que daria margem de dúvidas à sociedade. Para antecipar o quadro da saúde, no Estado, o secretário vai verificar in loco, acompanhado de Bosaipo, unidades do sistema de atendimento público de Saúde, em Várzea Grande. O conselheiro será acompanhado também por técnicos da secretaria de controle externo. A notificação do TCE foi decidida anteontem durante julgamento de um processo sobre suposto favorecimento na contratação por inexigibilidade de licitação de empresas para a prestação de serviços de manutenção em equipamentos médico- hospitalares. Esse caso está sob a relatoria do conselheiro Alencar Soares, mas o julgamento foi suspenso por pedido de vistas do conselheiro Humberto Bosaipo. As supostas irregularidades na Secretaria geraram mal-estar político dentro do próprio governo. O secretário-chefe da Casa Civil, Éder Moraes, repreendeu Henry publicamente por causa das declarações. Como o governo de Silval Barbosa (PMDB) é continuidade de Blairo Maggi (PR), não era conveniente o deputado falar mal do antecessor, indiscriminadamente.