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08/02/2011 - 10:42

Promotoria pede novas provas para concluir caso de ameaças a Mania Manea

Por TVCA

Prefeita contratou segurança particular para tentar se proteger. Ela diz que ainda vive com medo. Após dois meses da conclusão do inquérito sobre a tentativa de homicídio contra a prefeita de Lambari D'Oeste, Maria Manea da Cruz, a Promotoria de Justiça de Rio Branco devolveu o inquérito à polícia. O promotor de justiça José Jonas Saguarezzi alegou que havia necessidades de novas provas para concluir o caso. A suposta trama foi descoberta pela polícia de Rio Branco em novembro de 2010, com a prisão de dois suspeitos. O site da TV Centro América entrou em contato com o promotor, mas ele não quis gravar entrevista. O inquérito foi encaminhado para a Delegacia Regional de Cáceres onde as novas provas serão analisadas. De acordo com o delegado Mário Resende, de Mirassol D’Oeste, o empresário C.C.A, acusado de planejar o crime, teria feito uma reclamação formal à justiça alegando perseguição por parte da polícia e de que seria vítima de uma armação. "Após a reclamação achamos por bem encaminhar para outra delegacia, para que o processo seja concluído com lisura", disse o delegado. O empresário do município teve a prisão preventiva pedida no fim do ano passado. O pedido foi encaminhado para a justiça, que até agora não se manifestou sobre a prisão. O suposto pistoleiro W.P.L preso em flagrante na época está solto desde dezembro. Já E.A.S., acusado de ser o agenciador e que teria feito os depósitos, também está em liberdade. Prefeita ainda teme execução Enquanto isso, a prefeita Maria Manea diz continuar temendo que ocorra o mesmo que aconteceu com o marido dela em 2004, quando ele foi assassinado. Maria Manea ainda está com um esquema especial de segurança. "Eu continuo com medo. Mudo a minha rotina todos os dias por precaução temendo do que possa acontecer", revelou a prefeita ao site TVCA. Na época que o caso foi descoberto, a prefeita veio para Cuiabá e entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e com a diretoria da Polícia Civil para pedir proteção. Segunda ela, a secretaria disse que iria reforçar o policiamento na prefeitura, mas por conta do baixo efetivo da polícia no município ela preferiu se proteger por conta própria. "Eles até poderiam me disponibilizar um reforço, mas decidi agir de modo particular. Contratei seguranças particulares e ainda estou com eles", disse. Entenda o caso Em novembro do ano passado a polícia prendeu duas pessoas acusadas de tramar a morte da prefeita. O contratante e o pistoleiro foram presos quando acertavam detalhes da execução. Na época, os nomes dos acusados não foram divulgados para não atrapalhar as investigações. A trama foi descoberta pelo serviço de inteligência da Delegacia de Rio Branco. A Polícia obteve informações que um empresário da cidade estava à procura de uma pessoa para matar a prefeita. O motivo estaria relacionado a disputas políticas na região. O valor oferecido para matar a prefeita seria de R$ 80 mil. No fim do mesmo mês, a polícia pediu a prisão de um empresário da cidade, acusado de ser o mandante do crime. Maria Mane foi eleita pela primeira vez em 2008. Em 2004, o marido dela, o professor Luiz Carlos Alves da Cruz, conhecido como Luiz Preto, foi assassinado na véspera das eleições para prefeito da cidade. Mesmo após o crime ele ainda foi o campeão de votos no município. O assassinato dele teve motivação política. Um ex-vereador, acusado pelos pistoleiros de ser o mandante do crime, está foragido até hoje. Luiz Preto foi prefeito entre 97 e 2.000. Em 2004 era favorito para assumir o executivo, quando foi assassinado.
 
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