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07/02/2011 - 14:19

Hospital Regional de Cáceres promove capacitação sobre prevenção à infecção hospitalar

Por JESIEL PINTO

O Hospital Regional Irmã Elza Giovanella, de Cáceres, unidade desconcentrada da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), realizou, na semana passada, uma capacitação sob o tema “A importância da prevenção e cuidados hospitalares”, no auditório da unidade, a fim estender ao corpo técnico informações sobre a infecção hospitalar. Segundo o diretor do hospital, Jonas Alves Ribeiro, mais de cem pessoas, dentre médicos e corpo técnico do Hospital Irmã Elza Giovanella, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais do sistema de saúde da comunidade cacerense participaram, "o que conferiu ao evento um resultado excelente, contribuindo para uma maior conscientização do problema junto aos envolvidos com a saúde da população”. A capacitação foi ministrada pelo médico infectologista Hugo Noal, do Hospital Regional de Sorriso. “Foram abordados desde os temas básicos aos mais complexos”, lembrou Noal. “Falamos sobre a lavagem das mãos entre os profissionais de saúde, antes e após o atendimento aos pacientes, atualizações sobre o uso de antibióticos, manejo de pacientes para o ato cirúrgico, atendimento a pacientes em estado grave, atendimento a pacientes na UTI, a crianças e pacientes imunodeprimidos e outros temas pertinentes”. O Infectologista disse que recomendações do Ministério da Saúde (MS), repassadas pela SES/MT, indicam que a infecção hospitalar costuma acometer pacientes imunodeprimidos, especialmente os que se encontram nas unidades de terapia intensiva. É importante enfatizar que os pacientes de UTI também apresentam várias portas de entrada para infecções, tais como sonda vesical de demora, cateter venoso central, tubo orotraqueal, cânula de traqueostomia e, às vezes, feridas de decúbito (muito tempo deitado numa mesma posição), facilitando muito a infecção por bactérias multirresistentes. A transmissão ocorre pelo contato com secreções ou excreção de pacientes infectados, por meio das mãos não lavadas do profissional de saúde e seus instrumentos de trabalho, como o estetoscópio; que são, por exemplo, os principais meios de transmissão de um paciente para outro. As recomendações do Ministério da Saúde também listam várias medidas preventivas para se evitar a ocorrência de infecção hospitalar: lavagem das mãos sempre antes e depois de manipular um paciente, precauções de contato nos pacientes com infecção, precauções de contato nos pacientes com forte suspeita clínica de infecção hospitalar, identificação precoce do paciente com infecção mediante a realização de culturas de vigilância. Também foram listadas pelo MS precauções de contato e o perigo das bactérias multirresistentes, implementar a adesão dos profissionais de saúde à higienização das mãos, reforçar os cuidados com limpeza e desinfecção de superfícies,mobiliários e artigos que entram em contato com o paciente, restringir visitas e/ou, caso ocorram, orientar os visitantes à utilização das precauções de contato para evitar a disseminação do microrganismo e enfatizar o uso racional de antimicrobiano pelos médicos. A enfermeira Margarete de Castro, responsável pelo Centro de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH) elogiou o interesse dos profissionais de saúde e qualificou a participação como satisfatória. “No que tange a Infecção Hospitalar a prevenção é o segredo para evitar que o agravo venha a acontecer no estabelecimento de sáude. A capacitação contribuiu para desenvolver a sensibilização dos profissionais de saúde, tanto do Hospital Regional de Cáceres como de outros estabelecimentos de saúde da região, para o problema”, disse Margarete Castro. Hugo Noal ressaltou que “a preocupação foi instrumentalizar os participantes quanto a como tratar dos casos de Infecção Hospitalar dentre os quais, naturalmente, foram enfocados os cuidados com as bactérias superresistentes. Com essas informações acreditamos que os profissionais de saúde poderão estar mais bem equipados para a prevenção de Infecções Hospitalares nos estabelecimentos de saúde da região, o que proporciona um olhar mais calmo da comunidade médica quanto ao agravo e dá mais segurança aos usuários dos serviços de saúde quanto à qualidade dos cuidados recebidos”.
 
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