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04/02/2011 - 11:08

Acusados de matar advogada de Cáceres são julgados em Cuiabá

Por Correio Cacerense

Três homens acusados de matar a advogada Ana Antônia da Cunha sentam no banco dos réus nesta terça-feira, em Cuiabá. Ela foi assassinada em julho do ano passado no bairro Araés. A polícia apontou que Abadia Paes Proença, Manoel Nunes Silva e Marildes Rodrigues de Araújo teriam participado do crime e cometido o assassinato durante um assalto à advogada. O julgamento está previsto para começar às 13h30 no Fórum de Cuiabá e será presidido pela juíza Maira Rose de Meira Borba. O promotor responsável pelo caso será Adriano Augusto Streicher. Dez testemunhas devem ser ouvidas no fórum, entre elas a filha da vítima, que foi quem encontrou o corpo da advogada amarrado à cama na manhã do dia 19 de julho. A advogada e assistente social Ana Antônia da Cunha, 68, foi encontrada morta na madrugada do dia 18 de julho do ano passado na cama de seu sobradinho, no bairro Araés, em Cuiabá. Ela teria sido assassinada por asfixia há cerca de 20 dias – o cadáver estava em estado de mumificação. O principal suspeito do crime, um pedreiro contratado para fazer um dreno próximo do muro do vizinho, há cerca de 30 dias. Nesse tempo, os vizinhos acreditavam que a advogada estivesse viajando como era de seu costume. Com a proprietária da casa morta, o pedreiro continuou trabalhando e começou a roubar pertences da vítima, incluindo carros, talões de cheques, cartões de créditos, além de aparelho de TV e computador completo. O total roubado ainda não foi contabilizado por familiares, mas pode ser grande. Entre pensão e aluguel de imóveis, a advogada tinha um rendimento anual de cerca de R$ 500 mil. Uma das suspeitas é que o criminoso tenha tido acesso à conta bancária da vítima. Pelos cálculos de familiares, foram três veículos – uma picape saveiro e duas motocicletas. Ele só não levou um Escort porque a areia da construção obstruiu o portão principal. “Pelo jeito, pretendia levar mais coisas”, observou um policial que participa das investigações. Segundo o delegado Antônio Carlos Garcia, de plantão na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os vizinhos não sentiram o mau cheiro porque o criminoso embrulhou o cadáver com várias cobertas e ainda jogou vários objetos por cima. “Como a vítima era magra, também contribuiu para que ninguém descobrisse o assassinato”, frisou. O delegado explicou que a advogada conheceu o pedreiro há cerca de 30 dias, contratado para fazer o dreno próximo do muro do vizinho. Ele teria aproveitado que Ana Antônio viajava muito para assassiná-la. Com isso, pode praticar o roubo aos poucos. O crime só foi descoberto ontem de madrugada. Familiares da advogada vieram de Cáceres para visitá-la e, então, depararam com o cadáver no quarto. Eles estavam desconfiados pelo fato dela não manter contato nos últimos dias. Com a confirmação do roubo dos pertences da vítima, o delegado Garcia confirmou a suspeita de que se trata de um latrocínio (roubo seguido de morte). Até o fechamento desta edição, ainda não havia se encerrado o julgamento.
 
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