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04/02/2011 - 10:10

Vendas de materiais construção em MT crescem 12%

Por MARCONDES MACIEL

Segundo a Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomat), as classes C, D e E foram as principais responsáveis pelo aquecimento do setor O ótimo desempenho do setor da construção civil em 2010 refletiu diretamente nas vendas de materiais para construção em Mato Grosso, que avançaram 12% em relação ao ano anterior. As classes C, D e E foram as principais responsáveis pelo aquecimento do setor. Para o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomat), Antônio Guerino Zonpero, os fatores que mais contribuíram para o aumento das vendas foram a estabilidade econômica, o crescimento do agronegócio, o sucesso do programa “Minha Casa, Minha Vida” e facilidades de crédito para a população de baixa renda. “O Estado está em expansão, novos municípios estão sendo criados e isso acaba gerando uma demanda por novas construções, especialmente moradias”, comentou Zonpero. Ele disse que nem mesmo o período chuvoso de dezembro atrapalhou as vendas naquele mês. “Fechamos o último mês do ano com crescimento de 10% e tudo indica que o mercado continuará aquecido durante todo o ano de 2011. A expectativa é de que, com a aproximação da Copa, o setor fique mais aquecido”. Segundo pesquisa da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), entidade que representa 138 mil lojas de material de construção no país, o varejo brasileiro do setor apresentou um crescimento de 10,6% em 2010, em relação a 2009, atingindo faturamento total de R$ 49,80 bilhões. De acordo com a associação, no mês de dezembro, o desempenho do varejo do setor foi 4,6% menor que em novembro. Já em relação a dezembro de 2009, a variação foi de -2,5%. Apesar da retração no fim do ano, o resultado é considerado bastante positivo pela associação. “Acredito que nossa performance em 2010 foi extraordinária e acho que podemos manter a média, considerando a continuidade das ações que aqueceram o setor no ano de 2010, como a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que vale até dezembro de 2011, o programa Minha Casa Minha Vida e o aumento do crédito e dos financiamentos”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco. Em 2010, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulou alta de 7,77%. Materiais e equipamentos tiveram uma alta de 5,02% e o avanço da mão de obra, foi de 10,41% no ano. Já a inflação dos serviços na construção saltou de 5,36%, para 6,7%, de um ano para o outro. Para Cláudio Conz, o setor está aquecido e as expectativas são bastante positivas. “Em 2011, para um crescimento do PIB previsto para mais de 4,5%, esperamos crescer 11%. Terminamos 2010 com mais de 900 mil unidades do Minha Casa Minha Vida contratadas e outras coisas ainda estão por vir”, esclarece. Para ele, o papel das classes mais baixas, que tiveram acesso ao mercado, foi fundamental para o crescimento do setor não apenas em 2010, mas durante todo o governo Lula. “No período do governo Lula, a economia cresceu 37,3%. As exportações do País mais que triplicaram. A inflação caiu de 12,5% para 5,6% ao ano. A taxa básica de juros reais também cedeu de 15% para 6%. O desemprego foi reduzido à metade”, explica. Na avaliação de empresários do setor, o maior êxito da política habitacional do governo é expresso na relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres, que passaram a consumir mais e também ter a oportunidade de moradia digna. “Esse período foi marcado pelo crescimento econômico, a expansão dos programas de transferência de renda, do crédito popular e do aumento do salário mínimo. Tudo isso colaborou para vendermos mais”, lembrou Conz.
 
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