Jornal Oeste

A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em Alto Boa Vista (1.059 km a noroeste de Cuiabá). A cidade está com todas as estradas de acesso comprometidas e a infraestrutura precária. O abastecimento de alimentos e combustíveis foi prejudicado. Os produtos demoram a chegar ao núcleo urbano devido aos atoleiros, o que aumentou o preço do transporte e também dos produtos. Alguns já são inacessíveis para a população. Outro problema é a frequência nas aulas. De acordo com o cronograma, o ano letivo deveria começar este mês, mas os alunos não conseguem chegar até a escola. Nas comunidades rurais, a situação é pior. Conforme o prefeito Aldecirdes Milhomem, não há condições de tráfego em todas as linhas escolares. Milhomem relata que os agricultores também estão desesperados por não terem condições de levar os produtos para vender na cidade. A população que precisa de atendimento de saúde também não consegue chegar aos postos. O prefeito explica que a cidade precisa de recursos urgentes e como o município é pequeno, não tem arrecadação suficiente para as intervenções. Com a situação de emergência confirmada, ele espera ter acesso a recursos federais e estaduais para fazer as obras, principalmente nas estradas. Nova Maringá - A Defesa Civil Estadual analisa a condição de Nova Maringá, que pode ser a segunda cidade a ter confirmada a situação de emergência. A secretária de administração, Sônia Mara Magalhães, conta que o risco de epidemia é grande, porque as inundações atingem as ruas e as pessoas ficam em contato direto com a água. Parte dos moradores fica sem conseguir sair de casa e a única rua asfaltada do município foi coberta pela terra. A situação é crítica, sendo que alimentos perecíveis, como verduras e legumes, chegam aos mercados com qualidade inferior ao ideal. Isto acontece devido as estradas de acesso, que estão cheias de atoleiros e buracos.