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28/01/2011 - 11:21

Confirmada as primeiras morte do ano por dengue em MT

Por TVCA

Uma idosa de 72 anos é a primeira vítima fatal da dengue em Mato Grosso neste ano. Ela morreu em Pedra Preta, na região sul do Estado, distante a 238 quilômetros de Cuiabá. Outro caso de morte segue investigado no município de Sorriso, na região norte do Estado. De acordo com Boletim Epidemiológico da Dengue elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), de 1º de janeiro até ontem, em todo Estado, 1.084 pessoas contraíram a doença. Cinco pessoas apresentaram a versão mais grave da dengue, sendo que um desses casos é de uma pessoa vinda de Manaus (AM). No mesmo período do ano passado, segundo a SES, foram notificados 12.113 casos de dengue no Estado. Até o momento, Sinop, a 500 quilômetros de Cuiabá, é a cidade que concentra a maior quantidade de notificações da doença, com 137 no total. Em 2010, a cidade liderou os casos de mortes pela doença, com nove casos. Em seguida, aparece Cuiabá, que já contabiliza 137 casos. Segundo a pasta da saúde, 22 dos casos registrados na Capital são oriundos de pacientes que residem em municípios da Baixada Cuiabana. Várzea Grande tem 28 casos e Rondonópolis conta com 18 notificações da doença. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Oberdan Lira, o Estado começa em fevereiro a elaborar o zoneamento viral para detectar qual dos quatro sorotipos da dengue mais tem feito vítimas em Mato Grosso. “Existe uma redução histórica dos números de casos de dengue no Estado. Sabemos que ainda está em circulação o sorotipo 2 da doença”, disse. O zoneamento viral vai mostrar, por exemplo, se os sorotipos 1 e 3 se reintroduziram no Estado. Se isso ocorrer, a partir de 2011, só vai contrair dengue quem ainda não foi contaminado por essas duas versões. A preocupação da saúde é com o sorotipo 4, que ainda não se fez presente no Estado. “Se isso ocorrer, o volume de casos vai ser grande porque ninguém em Mato Grosso já pegou esse vírus”, salientou Lira. AGILIDADE – Uma portaria publicada anteontem obriga os órgãos de saúde de estados e municípios a informar obrigatoriamente ao Ministério da Saúde, em um prazo de 24 horas, as mortes e os casos graves provocados pela dengue. Segundo a portaria 104, a partir de agora, a dengue passa a integrar um rol de 19 enfermidades que necessitam ser informadas de imediato ao Ministério, em Brasília. Conforme trecho da portaria, os casos “graves, óbitos e aqueles produzidos pelo sorotipo 4 precisam de um melhor acompanhamento”. De acordo com o superintendente da SES, a portaria “só oficializa o que o Estado já faz desde 2010”, disse. Para conter o avanço da doença, Lira aponta que os profissionais da saúde das cidades com mais de 100 mil habitantes e com maior registro de letalidade da doença serão capacitados a partir de março.
 
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