Notícias / Saúde
24/01/2011 - 10:54
Mesmo com campanhas de conscientização e mutirões, Cáceres ainda tem muito “lixo da dengue”
Por Da Redação
A prefeitura de Cáceres, através da Secretaria de Saúde e da Vigilância em Saúde, prossegue hoje com o mutirão de coleta do chamado “lixo da dengue”. Hoje o trabalho será realizado nos bairros Rodeio, Ponte, Vitória Régia e Vila Irene.
A grande quantidade de lixo recolhido na ultima semana, catorze caminhões, deixou preocupada a coordenadora da Vigilância, Arlene Alcântara. Ela ficou frustrada ao constatar que mesmo com as permanentes campanhas de conscientização, fiscalização dos agentes e os mutirões freqüentes, ainda têm muito “lixo da dengue” na cidade.
“Realizamos mutirões praticamente o ano todo e em todas as ocasiões temos recolhido uma grande quantidade de lixo. É lamentável que boa parte da população ainda não tenha se conscientizado que a sua participação é fundamental para controlarmos a dengue”, comentou.
Mesmo com esta situação, Arlene afirma que os casos da doença estão sob controle neste momento. “Temos vários casos notificados, mas estamos tratando e acompanhando. Enquanto estiver chovendo, não me preocupo. O risco pode surgir com o fim da estiagem, no fim de março e começo de abril”, explica informando que a prefeitura vai intensificar suas ações nos próximos 40 dias, período considerado critico em função do pico da temporada de chuvas.
A coordenadora da Vigilância diz que a situação só não está mais grave porque os 45 agentes de saúde ambiental têm visitado casas e comércios notificando os imóveis onde são encontradas irregularidades. Nos últimos dias, eles atenderam cerca de 40 denuncias de terrenos baldios, comércios e casas onde existiriam possíveis criadouros do mosquito da dengue.
A maioria, conforme a Coordenadora da Vigilância, foi notificada e tomou providência, e apenas um supermercado na Vila Maria foi multado.
Segundo Arlene Alcântara, os agentes não estão distinguindo classe social ou bairro para aplicar as notificações. O exemplo é uma residência próxima a Rua da Maravilha, que pertence a um conhecido advogado da cidade. “Ele foi notificado e providenciou a adequação”, revelou acrescentado que os agentes não estão tendo tempo para respirar.
“Em média são 80 notificações por semana. Após a notificação, os agentes retornam na semana seguinte para verificar se as medidas de adequação foram adotadas. Alguns brigam, chiam, reclamam, mas acabam cumprindo a determinação, principalmente quando são informados que o caso será encaminhado ao Ministério Publico”, completa.