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19/01/2011 - 21:23

Ministério da Saúde orienta 16 Estados a atualizar planos de emergência contra dengue

Por Agência Brasil

O Ministério da Saúde orientou as secretarias de saúde dos 16 Estados com alto risco de enfrentar uma epidemia de dengue a atualizar seus planos de emergência, que consiste na estratégia a ser adotada em caso de grande quantidade de casos e mortes da doença. O ministro Alexandre Padilha (Saúde) se reuniu nesta quarta-feira com secretários de Saúde dos 16 Estados com mais alto risco de uma epidemia de dengue neste ano para apresentar as novas medidas de combate à doença. De acordo com novas regras anunciadas na semana passada, a notificação de casos graves e mortes terá que ser diária. A dos demais casos, semanal. Dos 16 Estados, 14 já têm plano de contingência, conforme levantamento do ministério. O Rio Grande do Norte e o Tocantins ainda não apresentaram o plano ao governo federal. Cada Estado foi orientado a implantar um comitê para acompanhar a evolução da dengue e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue são: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O ministério vai implantar um sistema on-line, que está em fase de teste, para monitorar semanalmente os casos da doença e, diariamente, as mortes por dengue nos 70 municípios em estado de atenção, informou Padilha. O sistema será abastecido com informações vindas dos Estados e municípios. O Rio de Janeiro foi o único Estado a não participar da reunião. De acordo com o ministério, uma das funções do gabinete de emergência montado no estado por conta das inundações na região serrana é adotar medidas contra a dengue. Um estudo sobre 94 dos 550 óbitos causados pela doença no ano passado mostrou que a idade média dos mortos era de 48 anos. Embora em mais da metade dos casos (51%) a suspeita de dengue tenha aparecido na primeira consulta, em 19% os profissionais de saúde não classificaram como situações de risco, medida que deve ser tomada se houver sintomas como vômitos e dores abdominais. Em 58% dos casos, o paciente tinha a forma hemorrágica da doença.
 
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