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06/01/2011 - 17:31

Falta de médicos agrava problema da saúde em Cáceres

Por Jornal Expressão

Pacientes portadores de doenças neurológicas, urológicas e outras enfermidades estão procurando atendimentos fora do município porque, nos últimos dias, não existe em Cáceres, médicos especialistas para esses e vários tipos de tratamentos. A família da aposentada Maria Joaquina Ferreira, 51 anos, que há anos toma remédios controlados para depressão, está tentando conseguir atendimento em Mirassol D`Oeste. O mesmo ocorre com a família da doméstica Meire Tertuliano de Oliveira, 39 anos, que teve um problema de mioma agravado no início da semana e não teve a quem recorrer e o motoqueiro Raul de Oliveira, que teve a perna fraturada em um acidente no final do ano passado teve que ser levado às pressas para Cuiabá por falta de ortopedista em Cáceres. Rosângela Ferreira, filha da aposentada disse que não consegue nem mesmo trocar a receita para compra do medicamento porque o pessoal da saúde do município está de recesso. “Temos que recorrer em outro lugar porque sem o remédio o quadro depressivo de minha mãe complica a cada dia. E, aqui não conseguimos médico e nem trocar a receita para compra do medicamento”. Revoltado por não conseguir atendimento, o peão de fazenda Manoel Natalino de Carvalho, esposo de Meire indaga: “para que serve um mundéu de hospital desse se não tem médico para atender? Noelma de Oliveira, irmã de Raul diz que “nem procuramos o hospital porque já sabemos que não existe médicos nem leito”. A deficiência do setor de saúde que já é precário, em Cáceres, se agrava, principalmente, no início do ano quando a maioria dos médicos viaja ou aproveitam a época para resolver problemas particulares ou de saúde. É o que justifica a direção do Hospital Regional. “Realmente estamos sem médicos neurológicos e Urológicos e vários outros cirurgiões. Uns estão em tratamento de saúde e outros entraram de férias” afirmou Jonas Ribeiro, diretor do Hospital Regional explicando que apesar de não haver médicos especializados o paciente não deixa de ser atendido. “Os nossos principais problemas são a falta de médicos. O hospital não tem condições de contratar mais de um profissional para cada especialidade. E, a situação se complica, principalmente, no final do ano, quando muitos tiram férias” frisou informando que apesar das dificuldades a tendência é que a situação se normalize até no final do mês. Por outro lado a administração municipal também se justifica. Coordenadora dos postos de Saúde do município, Rosane Alves Gaiva, admite que os funcionários municipais estão de recesso. Porém, segundo ela, dependendo da gravidade da situação o paciente é atendido. “O funcionalismo público municipal está de recesso até o dia 10. Mas, existe um médico de plantão. E, dependendo da gravidade do problema, o paciente é atendido” afirma lembrando que o paciente que procurou atendimento na Central de Especialidades (Meire de Oliveira) é do Estado. Logo, segundo ela, seria de responsabilidade do Estado atendê-lo.
 
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