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05/01/2011 - 08:45

Famílias de presos fazem novas denuncias contra a direção do Cadeião de Cáceres

Por Da Redação

A redação do Jornal Oeste tem recebido várias denuncias sobre a atual situação da Cadeião Publica de Cáceres. Abaixo está um e-mail de um leitor que pediu para não ser identificado: "denúncias feitas pelos reeducandos através das famílias, que estão se organizando -mães, esposas, filhas, irmãs: -a limpeza da cadeia não é feita desde o dia 18 de dezembro, quando o novo diretor, sr. Clayto, assumiu e mandou trancafiar os presos que tinham o benefício da cela livre -benefício que consta na Lei de Execuções Penais. Eram eles que faziam toda a limpeza, principalmente a coleta de lixo. -a direção não está mais nem fornecendo sacos de lixo para as celas -a cadeia está sem água. Eram os celas livres que faziam a manutenção das bombas e limpeza das caixas d' água -eles não tem água para beber -sem a limpeza das caixas, os filtros entopem -as caixas reservatórios estão sem tampas devido aos ventos, servindo de criadouro para larvas do mosquito da dengue -as madeiras que antes eram pequenos armários em cada beliche, que foram destruídas nas violentas e contínuias revistas que estão acontecendo, foram jogadas na frente da cadeia, e também são lixo da dengue -o diretor proibiu a compra de água mineral, antes os presos podima comprar os galões com água -o almoço -ou a comida que é puro salitre- não tem hora certa para ser servida, varia entre 10 e 13 horas -o jantar chega às 16 horas e quando é servido, a comida está AZEDA -a horta está abandonada. São 18 canteiros produtivos onde presos trabalhavam plantando alface, rúcula, pimentão, cebolinha, couve, o que ajudava e muito na alimentação dos mesmos e até mesmo das famílias dos presos mais carentes -por duas semanas o diretor IMPEDIU a entrada dos evangélicos alegando que a cadeia estava tensa. Um grupo de pastores visita a cadeia para orar com os presos. Eles conseguiram entrar na terça-feira. -A cadeia está tensa sim -o diretor "passeia" sobre as grades do teto, sempre acompanhado da Polícia, se negando ao diálogo, tratando os presos com rudeza (mandando calar a boca, por exemplo). Tudo o que os presos pedem ele responde "vou analisar". em todos esses passeios ele ostenta uma arma na cintura -as famílias, que estão formando a comissão, não estão pedindo a volta do ex-diretor. Estão pedindo um diretor justo, humano e aberto ao diálogo, o que é fundamental. O Lira saiu de lá como "traficante", devido à droga encontrada lá dentro, mas quem põe a droga lá? Porque todos os visitantes passam por revista e o ex-diretor, que manteve a cadeia em completa harmonia por anos, não fechava os olhos ao trabalho dos agentes. Mas em toda instituição há pessoas com caráter e sem caráter, e pra ganhar um dinheiro, esses sem caráter fazem qualquer coisa. -Alegam que o bonde está acontecendo por causa da superlotação. Mas estão trazendo presos de Cáceres que estão em Cuiabá, na verdade é uma "troca", a superlotação irá continuar. O estranho é que não há critérios. "Esse é condenado, e vai", e eles levando inclusive presos provisórios, enquanto há presos condenados que são de Cuiabá e continuam aqui. Há presos de fora que não têm visitas e continuam aqui. Não há nenhum critério nesta transferência. -Hoje às 9 horas uma comissão deverá ir lá, formada por várias entidades, entre elas o Direitos Humanos e a OAB -As famílias acionaram também a Vigilância Sanitária, para que vistorie e veja a situação de imundície do local, assim como a qualidade da comida servida, que poderia inclusive passar por análise técnica. -o diretor determinou que só atende familiares de presos nas tardes de quinta. Tem muito o que fazer -aterrorrizar a cadeia -os presos não querem rebelião. Quem quer é o diretor. Ele disse, em reunião, que eles podem quebrar tudo, porque ele manda encostar ônibus e limpar a cadeia, que assim virá verba para reforma. Mas os presos não querem entrar no "joguinho" dele. Os presos que participaram dessa reunião podem confirmar a informação às autoridades Por fim, perguntam: -a sindicância da Sejusp vai ouvir o preso que teve o pé quebrado pelo cabo da escopeta de um PM? -vai ouvir a enfermeira Fabiana que tentou pedir menos violência à PM e teve gás de pimenta jogado em seu rosto? -vai ouvir uma comissão dos presos, formada por um representante de cada ala? -E o Ministério Público, está fazendo algo? -E cadê o Conselho da Comunidade????? -A cadeia pode ser oranizada, pacífica e produtiva. Só depende da competência da direção. A pena do preso é a privação da liberdade. E ponto. As famílias pedem socorro aos órgãos de imprensa e não assinam o documento por medo de represálias aos seus parentes presos." Nota da redação O Jornal Oeste está tentando ouvir a direção da Cadeia a respeito das denuncias. A reportagem está encontrando dificuldades para ouvir a nova direção do òrgão.
 
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