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04/01/2011 - 10:54

Estado chama aprovados, mas não finda déficit da Educação

Por DHIEGO MAIA

O governo do Estado decidiu acelerar o ritmo de nomeações dos profissionais da educação aprovados no último concurso público. A medida, porém, não será suficiente para pôr fim ao déficit de educadores efetivos que hoje chega a aproximadamente cinco mil profissionais. São os temporários que encobrem o vazio deixado pelos efetivos. Sem nenhum vínculo empregatício, eles ganham salários menores, mas têm a responsabilidade de manter a qualidade do que é ensinado. No último dia de 2010, o Estado autorizou a contratação de 1.389 professores, 476 técnicos administrativos e outros 1.446 para o cargo de apoio educacional. Mesmo com essa contratação, o Estado ainda vai precisar de três mil profissionais para eliminar de vez os temporários do quadro. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) chegou a cogitar greve e recomendou que os professores nem assumissem as aulas neste ano, caso as contratações não fossem garantidas no início de 2011, já que, em 2010, as convocações andaram a passos lentos. De acordo com a Secretaria de Estado de Administração, ao longo de 2010, apenas 18 professores foram convocados. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) reconheceu que o problema ocorreu porque metade dos aprovados já estava em sala de aula. A posse, nesse caso, poderia deixar muitas escolas sem aulas já que vários professores foram aprovados em municípios diferentes do que atuavam na ocasião. O proibitivo eleitoral também freou as contratações. Agora, a Seduc já estima até elevar o número de efetivações neste mês. É o que garante a secretária Rosa Neide Sanches de Almeida. “Com as classes montadas, poderemos contratar mais 700 professores”, confirma a secretária. Todos os convocados terão 60 dias para tomar posse e já atuarão no próximo período letivo, a partir do mês de fevereiro. Duas regiões do Estado já preocupam a Seduc. A porção norte e o Araguaia são as menos atrativas para a fixação de professores. Segundo Almeida, o problema se refere à estrutura deficiente das cidades presentes nessas regiões. “Por lá falta até caixa de banco, o que obriga o professor a se deslocar para outras cidades para receber o salário”, atesta a secretária. Já Sinop, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde são as três cidades cuja demanda por professores e escolas é alta. MUDANÇAS – Por meio de parceria com o governo federal, o Estado pretende formar nos próximos quatro anos 15 mil professores e diminuir os temporários ano a ano. Segundo Almeida, com 87% do orçamento destinado para quitar salários, a Seduc reconhece que faltam recursos para investimentos.
 
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