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28/03/2009 - 00:00

Divulgada foto de homem preso em Cáceres por ameaçar policial militar

Por Jornal Oeste

Silvana Ribas A Gazeta O pecuarista Ademilson Domingos Tazzo (foto), acusado de participação em pelo menos 8 assassinatos na região de fronteira e de integrar uma quadrilha ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso novamente pela Polícia depois de ameaçar um cabo PM, testemunha de um duplo homicídio. A prisão foi feita na quinta-feira (26), em Cáceres, depois que o cabo denunciou Tazzo e 3 cúmplices que o ameaçavam. Os outros presos são Joilson Gonçalves e Ezequiel Sabino da Costa, comparsas de Ademilson em crimes praticados na região. Tazzo é apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na região de São José dos Quatro Marcos (315 km a oeste de Cuiabá). Segundo o delegado Regional de Cáceres, Percival Eleutério, o acusado foi detido no centro da cidade pela Polícia Militar ao constranger e coagir o cabo da PM para não comparecer nas audiências. As ameaças, apesar de veladas, eram bem claras e começaram depois que o acusado tentou subornar o militar para não manter o testemunho contra ele. O delegado disse que o policial já havia registrado boletim de ocorrência narrando as ameaças. A pena de crime de coação é de 2 a 5 anos de reclusão. Os 3 presos são suspeitos de pelo menos 8 homicídios ocorridos nos municípios de Mirassol D"Oeste, São José dos Quatro Marcos e Cáceres. Ademilson chegou a ser preso no ano passado durante uma operação da Polícia Civil, permanecendo na cadeia 60 dias e depois foi liberado mediante Habeas Corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. Operação Tazzo, preso em dezembro do ano passado, é apontado como o homem que assumiu o comando do tráfico e as demais ações da quadrilha após o antigo chefe do crime, José Maria Machado, ser preso pela Polícia Federal. Tazzo também foi preso pela PF, logo depois de ser solto pela Justiça. A operação da Polícia Civil teve que ser antecipada porque havia um plano de assassinar o delegado Walfrido Franklin do Nascimento, responsável pelas investigações. O bando vinha sendo monitorado há meses, suspeito de ter mandado mais de 1 tonelada de cocaína da Bolívia para São Paulo por mês. Na investigações de 3 execuções, ficou clara a disputa entre membros do mesmo cartel. Sinais de tortura nos corpos das vítimas e a preocupação de deixar uma marca registrada nos corpos (todos encontrados com as calças arriadas), mostra a ousadia do grupo que quer comandar de perto o tráfico e a passagem de veículos roubados, trocados por cocaína.
 
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