Jornal Oeste

Empresas mato-grossenses do segmento de varejo apostam na internet para incrementar vendas e ganhar competitividade do mercado. A alternativa que visa a comodidade do consumidor e oferece a opção de fazer compras virtualmente, ou seja, sem precisar enfrentar o trânsito a caminho das lojas e fila nos caixas. Essa opção é lembrada pelo vice-presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, como um filão que deve ser bem aproveitado pelas empresas. Ele explica que o crescimento desse mercado, denominado e-commerce, é uma tendência natural que será adotada pelos grandes investidores. Para Martins, o acompanhamento do mundo virtual é necessário para não perder a concorrência, principalmente com empresas de outros estados. A City Lar, por exemplo, é a mais nova rede varejista a adotar esse mecanismo de venda. Desde o início do mês, consumidores de todo o país podem adquirir produtos revendidos pela empresa, através da internet. O proprietário da City Lar, Erivelto Gasquez, conta que a iniciativa visa acompanhar a expansão do mercado. "Temos os clientes que ainda precisam tocar nos produtos para depois comprar. Já para os consumidores internautas, atentos às novidades tecnológicas e que buscam comodidade na hora das compras, é imprescindível que a rede também ofereça essa opção de venda". A ideia da City Lar é participar ativamente do mercado de e-commerce, em especial durante as vendas de Natal, em que espera-se crescer 40% este ano em relação a 2009, segundo pesquisa elaborada pela E-bit. A rede de supermercados Comper é outro empresa que lançou-se neste mercado este ano. O processo de atendimento se difere do modo tradicional, ao passo de que o consumidor não necessita sair de casa para fazer as compras do mês. A gerente geral de operações do Comper, Izilda Maria da Silva, conta que o site contabiliza aproximadamente 250 pedidos mensalmente, a uma média diária de 8 compras feitas pela internet. Ela revela que as vendas ocorrem principalmente no período noturno. "O que indica que o cliente está em casa e quer fugir das filas e do trânsito, fazendo compras com comodidade". O ticket médio das compras feitas no site é de R$ 250. O Procon avisa que apesar da comodidade, o consumidor precisa ficar mais atento na hora de comprar pela internet. A superintendente de Defesa do Consumidor, Gisela Simona Viana de Souza, explica que o consumidor deve verificar a certificação da página e o CNPJ da empresa, bem como guardar documentos que comprovem qualquer ação realizada. "Além disso, é preciso ficar atento ao custo do frete". Outra dica importante é sobre o prazo de arrependimento. O consumidor pode desistir da compra feita pela internet sem a necessidade de qualquer justificativa e sem qualquer ônus.