Jornal Oeste

O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social, Ambiental e Turístico do "Complexo Nascentes do Pantanal", composto pelas cidade de Araputanga, Cáceres, Curvelândia, Gloria D´oeste, Indiavaí, Lamabrari D´oeste,Mirassol D´oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos, foi dos beneficiados com o Caminhão Feira do Peixe, entregue recentemente pelo governo federal. O presidente do Consórcio, prefeito de Rio Branco, Antônio Milanezzi, participou da solenidade de assinatura do termo de comodato. O caminhão feira do peixe foi projetado para armazenagem e comercialização de pescado. Ele foi adquirido com recursos do ministério da Pesca por meio do "Programa Peixe nos Bairros" que será executado em 21 estados e mais de 150 municípios. O programa vai aproximar o pescador do consumidor à medida que possibilitamos através do caminhão feira do peixe a venda direta, que vai permitir um aumento da renda, de quem produz, de quem pesca e a redução do preço final ao consumidor com garantia de qualidade do produto. O caminhão feira do peixe vai permitir que a população tenha acesso a um pescado de qualidade, com frequência e de forma prática “na porta de casa”. Além disso, o preço pode ser menor que o do mercado à medida que a oferta cresce. Com a venda dos peixes, haverá um aumento da renda dos pescadores e uma significativa melhora na qualidade de vida da população, ao consumir um produto com alto valor proteico. PROGRAMA PEIXE NOS BAIRROS – O Programa visa à distribuição, através de editais, dos caminhões feira do peixe, uma espécie de peixaria móvel. Os veículos oferecem diversas vantagens. A partir do seu uso a logística de escoamento da produção será mais prática e rápida, além de ser uma boa ferramenta para organização dos pescadores no município ou região. A “feira móvel” possui uma carroceria frigorífica projetada para a armazenagem e comercialização de pescado, equipada com câmaras frigoríficas que podem ser usadas para armazenamento de pescado congelado e fresco e tem capacidade de transporte superior a 3,5 toneladas. As características técnicas permitem que o caminhão seja aberto e transformado em um ponto de comercialização, que funciona como uma feira ambulante ou peixaria móvel. Abastecido com pescado, ele circula pelos bairros, vilas e comunidades de determinados municípios levando o peixe diretamente aos consumidores. Um mesmo veículo pode atender a um grupo de pequenos municípios, como é o caso dos consórcios e associações municipais. Com o projeto, o Ministério da Pesca pretende criar condições para que o produtor de pescado comercialize o produto direto ao consumidor. Com isso, sem os intermediários, o preço vai ser reduzido e aumenta o ganho do pescador ou do aquicultor. Além disso, facilita o acesso do público, já que o caminhão torna-se uma espécie de loja ambulante ou peixaria móvel. A cada período, conforme agenda, o caminhão chega a um bairro ou a uma comunidade e vende ali mesmo o pescado. No caminhão, há balança, cupom fiscal, expositores do produto e câmara fria. O ministro afirmou ainda que esta é só a primeira etapa do programa peixe nos bairros. “Nós estamos nos primeiros 50 veículos e a meta é chegar aos 200 nos próximos quatro anos”. MAIS RENDA - Diagnósticos revelam que grande parte da problemática estrutural do setor pesqueiro artesanal está vinculada à deficiência de acesso aos meios de conservação do pescado, principalmente ao gelo. Outra questão é a dificuldade de comercialização direta, de produtos da pesca artesanal e aquicultura familiar, pela ação de intermediários na cadeia produtiva, acarretando menores rendimentos para os pescadores artesanais e pequenos aquicultores.