Jornal Oeste

A Prefeitura de Cáceres, através da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, começou ontem a limpeza do canal do Renato, que corta os bairros Vila Mariana, Ana Paula, Santa Cruz, São Lourenço, Jardim Imperial e Jardim Paraíso, desaguando então no rio Paraguai. Antes, a prefeitura já havia executado a ação de limpeza em 3.100 metros do Córrego do Sangradouro, o maior e mais problemático da cidade, como a área central, Cidade Alta, São José, Lavapés e DNER. O coordenador de terraplanagem da SOSU, Cleton Silva, informa que o prefeito determinou que as máquinas trabalhem sem parar, na área urbana, para evitar enchentes, com o período das chuvas que se inicia. Desde outubro o município de Cáceres está adotando medidas preventivas para evitar alagamentos na cidade, como o que ocorreu em fevereiro deste ano, quando choveu por 14 horas ininterruptas, ocasionando um prejuízo de R$ 20 milhões e colocando o município em situação de emergência. Para evitar que o quadro se repita, ou ao menos na tentativa de atenuar as conseqüências, caso ocorram novas chuvas prolongadas, a Secretaria de Obras do município está fazendo a limpeza dos canais que cortam a cidade e desembocam no rio Paraguai. O secretário de Obras, José Eduardo Ramsay Torres, informou que 30% do serviço já foi feito, e a limpeza de todos os canais deve demorar mais um período, mas não há como determinar prazo. Outra medida preventiva foi a limpeza dos bueiros, popularmente chamados de “boca-de-lobo”. O serviço começou pelo bairro Cohab Velha, o mais prejudicado pelas chuvas, e prosseguiu seguindo sempre o cronograma determinado pelo prefeito Túlio Fontes,de atender primeiramente os bairros mais críticos. A cidade tem 2.500 bocas de lobo.“A intenção é concluir todas essas ações até o final do ano, pois é sempre nos meses de janeiro e fevereiro que as chuvas caem com mais intensidade, provocando enchentes e alagamentos”-informou o secretário. “Estamos fazendo todo o trabalho com recursos próprios. A situação de Cáceres é peculiar, pois o município possui um lençol freático superficial, o que dificulta o escoamento das águas”. A estratégia da SOSU é limpar e desobstruir os trechos mais problemáticos. A meta é deixar os trechos livres para o escoamento das águas da chuva e evitar alagamentos e enchentes.