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29/05/2009 - 00:00

Taisir reage e diz que deputado do PT tem "teto de vidro"

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara O reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) professor Taisir Mahmudo Karim, diz que não teme qualquer investigação de suas ações frente à universidade, porque segundo ele, não cometeu nenhuma irregularidade. Classificou de “politiqueiras e levianas” as denúncias apresentadas contra a atual gestão da Unemat. As contas da instituição, segundo ele, estão abertas para quaisquer análises e investigações. “Eu não sou bandido. Sou professor efetivo da Unemat. Não vão me derrubar no tapetão”, disse. A reação indignada do reitor ocorre há exatamente um dia após a aprovação, na Assembléia Legislativa, do requerimento, de autoria do deputado Alexandre Cesar (PT), para apurar crimes de responsabilidade do gestor da instituição. “Estão querendo transformar a Universidade do Estado de Mato Grosso num tabuleiro de jogo político eleitoreiro. Mesmo que para isso usem de denúncias levianas e sem nenhum fundamento”, afirmou na manhã de ontem, em Cáceres, após a informação sobre a aprovação do requerimento pela AL. Karin admite que não respondeu em tempo hábil o requerimento solicitado pelo deputado Alexandre César – principal motivo da ação das investigações - devido a um “equívoco” de sua assessoria. Porém, garante que toda documentação foi enviada, tanto para o deputado quanto para o presidente da AL. “E, nesse caso o deputado não pode alegar que não recebeu.”. Na defesa Taisir contra-ataca o deputado Alexandre César. Segundo ele, o parlamentar tem interesses “obscuros” nas denúncias contra a sua gestão na Unemat. “É um parlamentar ligado ideologicamente ao sindicato e que até hoje, em termos práticos, não viabilizou nenhuma ação concreta para o fortalecimento da universidade”, diz. No entendimento de Taisir, a discordância da direção da Unemat em implantar campus nos municípios da baixada cuibana, reduto eleitoral do deputado, é um dos motivos da “perseguição sistemática” contra a reitoria. “Posicionamos-nos contra a implantação de campus nos municípios da baixada cuiabana como quer o deputado, por falta de orçamento. Não vamos ser irresponsáveis de implantar novos campi se não dispusermos de recursos para manutenção dos que já temos. E, isso tem sido a razão da perseguição sistemática desse parlamentar”. Também não poupou críticas a um grupo de professores e alunos de Sinop que lideram o protesto contra a reitoria. Na opinião do reitor “são ciumeiras” de pessoas que não têm nenhum compromisso com a universidade. Observa que “o Campus de Sinop já foi o segundo em tamanho e importância. Mas, infelizmente, ficou para trás porque não se desenvolveu como os de Tangará da Serra, Pontes, Alto Araguaia, Nova Xavantina, Colider, Juara, Luciara, Pontes e Lacerda e Barra do Bugres, por disputas internas pelo poder do campus de Sinop”. De acordo com Taisir, essa questão deve ser resolvida internamente pelo campus, cuja diferença deve ser equacionada, pelos seus representantes. Taisir assegura que “as denúncias sem nenhum fundamento” são “arquitetadas” por um grupo de Sinop, com apoio do deputado Alexandre Cesar, já visando a eleição de reitor que acontece no segundo semestre do próximo ano e de deputado estadual. “É um jogo de interesses. Se por um lado, os professores de Sinop pleiteiam assumir a reitoria. Por outro, há o interesse do deputado Alexander César em conseguir votos na região. E, para isso usa inverdades com a direção da Unemat. Por isso fazem essas denuncias sem nenhum fundamento”. Ainda questionando o deputado, o reitor Taisir Karim, diz que ao invés de interferir de maneira equivocada e autoritária nas questões internas da Unemat, Alexandre César, deveria se preocupar mais em esclarecer as dúvidas levantadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, a respeito de suas ações durante sua campanha eleitoral. “É um político que tem telhado de vidro. Ele tem é por obrigação esclarecer a população mato-grossense as dúvidas sobre sua conduta levantadas pelo TRE”, argumenta. O reitor admite que a instituição atravessa momentos de dificuldades orçamentárias. Porém, afirma que “estamos superando diante da reforma administrativa implantada pela gestão central”.
 
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