Jornal Oeste

Depois de ter seu carrinho de lanche arrombado e a residência assaltada por sete vezes, em menos de um ano, a vendedora Maria Aparecida da Silva, 40 anos, resolveu pedir clemência aos ladrões. Ela colocou uma placa em frente ao seu comércio pedindo uma trégua aos assaltantes. Nela ela pede “senhor ladrão, por favor, não aguentamos mais suas visitas inesperadas. Por favor, espere, pelo menos, a gente comprar o que você levou”. De forma humilde ela concluiu a frase pedindo desculpa aos criminosos.

            Maria Aparecida reside no bairro São José, há dois anos. O pedido, um pouco irônico, demonstra a indignação da vendedora com a audácia e a persistência dos assaltantes. “Sei que parece gozação. Mas não é. Em pouco mais de um ano tive o carrinho de lanche e a minha residência assaltada sete vezes” diz acrescentando que a última “visita” em sua residência aconteceu, há uma semana.

            Maria Aparecida lembra que está impossibilitada de trabalhar porque, nos arrombamento, principalmente, do carrinho, levaram as chapas de preparo de lanche “baguncinha” o fogão e até o butijão de gás. Da residência, segundo ela, os ladrões chegaram a levar, inclusive, a geladeira. “Da minha casa já foram levados, aparelho de som, celular, ventilador, roupas e até uma geladeira”. Ela diz que “se for juntar tudo o que já me roubaram daria para montar uma casa mobiliada”.

            Além da indignação com os constantes arrombamentos e assaltos, a moradora reclama da falta de segurança. Ela diz que, em todas às vezes em que foi lesada, registrou Ocorrência Policial, mas em nenhum dos casos, recuperou os objetos ou os ladrões foram presos. Ela diz que, em um dos arrombamentos, um dos guardas do CEAF, chegou a acionar a polícia. Mas a resposta, segundo ela, foi de que não poderiam atender ao chamado porque não havia combustível para o deslocamento da viatura. Além dela, Maria Aparecida, informa que o vizinho também já foi assaltado várias vezes.