Jornal Oeste

O filme espanhol ‘Bullying, provocações sem limites’ fechou o primeiro ciclo de atividades do projeto Cine Inclusão do IFMT/Campus Cáceres. Realizado aos sábados, na sala áudio visual do campus o projeto, desenvolvido por meio do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Napne, promove debates e reflexões sobre temas latentes na sociedade a partir de situações e criações retratadas pelo cinema. O objetivo, segundo a coordenadora do Núcleo, Herika Renally, é ampliar espaços de discussões no campus que estimulem a rede de praticas inclusivas. “Durante todo ano nós desenvolvemos atividades para comunidade acadêmica, nesta perspectiva inclusiva, com formação para os servidores, ciclos de palestras, cursos e outras ações. O Cine Inclusão é uma das iniciativas para envolver nossos alunos nesse processo de construção cotidiana”, explica. Aberto à comunidade, o projeto, iniciado no segundo semestre deste ano, envolveu no primeiro ciclo, em maior freqüência, os alunos residentes do campus tornando-se também uma ferramenta importante de atividade lúdica e de interação. “O projeto é muito bom, nos ajuda a pensar nas outras pessoas, nos sensibiliza para o outro, afinal não vivemos só neste mundo” , afirma o aluno Diego Barros Cunha, do curso Técnico em Florestas. Juliana Maria Aparecida dos Santos, aluna do curso de Agropecuária integrado ao Ensino Médio, também define o espaço de diálogo promovido pelo cine inclusão como momento de reflexão sobre a vida. “No decorrer de cada sessão percebo que precisamos crescer mais com nossas atitudes e pensar sobre nosso modo de vida. Sobre Bullying eu acreditava que era apenas uma bobeira da sociedade, mas agora percebi que o assunto é sério. Os debates sobre os filmes contribuem na minha formação para vida”, conta. Entre as sessões e debates, o projeto já projetou filmes como O Poder da Esperança, O Contador de Histórias, Escritores da Liberdade, Meu Nome é Rádio, Uma Lição de Amor, a Voz do Coração, entre outros. “São vários temas interessantes que nos faz refletir sobre o nosso comportamento perante a sociedade e quebrar alguns preconceitos. Na maioria das vezes os preconceitos ocorrem por falta de informação e conhecimento”, avalia aluna Camila Souza da Silva, do curso técnico em Florestas. Para Fábio Gonçalves Marinho, cursista do último semestre de Técnico em Agropecuária, o projeto pode auxiliar os alunos na construção de uma nova percepção sobre os fatos que ocorrem constantemente na sociedade. “isso faz também com que os alunos percebam que para vivermos em harmonia precisamos respeitar as diferenças e aceitar as pessoas como elas são”, pontua. Ele sugere a formação de grupos no instituto que possam organizar palestras e levar o projeto para outras escolas do município. As atividades do projeto continuam no próximo ano, a partir do início das atividades escolares e já gera expectativas nos alunos. “Em vez de uma sessão por semana poderiam ser realizadas duas, em dias letivos para estimular maior participação dos alunos, isso ajuda na educação e no aprendizado de todos”, sugere Dione Santos de Lima, do curso de Agroindústria.