Jornal Oeste

A executiva nacional do DEM prorrogou o mandato dos presidentes dos diretórios estaduais e qualquer mudança será feita somente a partir do próximo ano em data ainda a ser definida. Em Mato Grosso, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Oscar Ribeiro, já decidiu que deixará a presidência do partido após três anos, o que abre a possibilidade de o deputado estadual e candidato derrotado a vice-governador, Dilceu Dal Bosco, assumir o cargo. "Tenho a certeza de que deixo o partido numa boa situação e desejo sucesso a quem assumir. Dilceu Dal Bosco é um excelente nome, mas prefiro me manter neutro e não interferir no processo de escolha porque ainda a outros nomes a disposição", afirmou Oscar Ribeiro. O parlamentar tem o perfil bem avaliado pela militância democrata, ou seja, é jovem e está em ascensão na política. Nacionalmente, o DEM é presidido pelo deputado federal Rodrigo Maia (RJ), filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, o que revela em parte a estratégia da legenda em afastar do comando partidário os chamados "caciques", que são beneficiários politicamente do regime militar. O DEM é o antigo Partido da Frente Liberal (PFL), por sua vez, fundado por dissidentes do PDS que pertenciam a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação a ditadura militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985. "Estou a disposição para assumir este projeto partidário desde que tenha consenso da militância e o aval de nosso líder Jaime Campos", comenta Dal Bosco.