Jornal Oeste

Neste domingo, 21, durante encontro de delegados, o PT decide se permanece ou não na administração Túlio Fontes. O presidente do diretório municipal, Fransérgio Rojas Piovesan, agendou para essa data uma reunião de delegados para decidir sobre o resultado da plenária que, em votação, aprovou por 9 votos a 8, o afastamento do partido na administração. O resultado da votação foi questionado, principalmente, pelos petistas que integram o secretariado do prefeito Túlio Fontes, entre eles, o secretário de Governo, James Cabral, de Educação, Josué Alcântara e a diretora da Previ-Cáceres, Sílvia Fernandes. Cabral entrou com um recurso junto ao diretório municipal sugerindo que seja reavaliada e suspensa a votação. No entendimento do secretário, a decisão do presidente Fransérgio, em declarar vencedora a proposta de afastamento, teria sido equivocada. Ele observa que o estatuto do partido é claro. Explica que “pode ser declarada vencedora a proposta que apresentar a maioria dos votos”. E, no entendimento de James, 9 votos não é a maioria de 18 votos – número de votantes que compareceu na reunião para votação - mesmo que, tenha havido uma abstenção. “Diante da falta de entendimento entre as duas alas do partido, a que quer o rompimento e a que defende a permanência, tomei a iniciativa de convocar uma reunião de delegados para decidir. Até a data da reunião fica como está. Ou seja: suspenso o resultado da votação” assinala Fransérgio. A direção petista descartou aplicação de penalidades, como por exemplo, a expulsão dos secretários que desejarem permanecer no secretariado municipal, em caso da aprovação do rompimento, pelos delegados. “Partido algum tem o direito de impedir que um profissional liberal, seja ele, engenheiro, advogado ou professor, de trabalhar neste ou naquele órgão público; nesta ou naquela administração. Eles são não podem falar ou representar ou partido”. Defendem o rompimento, petistas históricos como o professor Acir Fonseca Montecchi, Eliel Regis de Lima e Domingos Sávio da Cunha Garcia. Por outro lado, na trincheira da permanência está, além dos secretários, Josué, James e Sílvia, o ex-secretário de Agricultura, Elias Frederico Alves. Ele, inclusive, ameaçou anular a reunião sob a alegação de não ter sido convocado, mesmo sendo. Os motivos alegados para o afastamento não estão totalmente claros. Há quem argumente a incompatibilidade da união do PT com o DEM; outros o atribuem ao apoio do prefeito Túlio Fontes, ao candidato José Serra (PSDB), em detrimento a Dilma Rousseff (PT) e há ainda quem acredite que a decisão possa estar ligada ao desentendimento entre Serys Slhessarenko e Carlos Abicalil, razão do fracasso petista nas últimas eleições. O prefeito Túlio Fontes, diz que não interfere nas decisões do partido. E, que se for aprovado o rompimento, será acatado com tranquilidade. (Com Sinézio Alcântara)