Notícias / Saúde

18/11/2010 - 10:27

Somente com a presença de promotor e delegado de policia médicos atendem pacientes no Regional

Por Jornal Expressão

Somente após a presença de um promotor de Justiça e um delegado de polícia os médicos de plantão do Hospital Regional decidiram prestar atendimentos a três pacientes acidentados. O caso aconteceu na noite de sábado. Luciano de Oliveira, 21 anos, Hélio dos Santos, 24 e o menor J.A. C, 16, deram entrada no hospital às 15h com suspeita de traumatismo craneano. Sem leito e sem médicos eles ficaram “jogados” no corredor do prédio em companhia de outros pacientes, por mais de sete horas. A enfermeira de plantão informou que haviam apenas dois médicos e que não poderiam atendê-los porque estavam dando assistência a outros pacientes. A família desesperada procurou socorro ao Ministério Público. O promotor Samuel Frungilo compareceu ao local e assim como os familiares dos pacientes encontrou dificuldade, inclusive, para obter informações sobre o funcionamento do hospital. Ao constatar a ausência do diretor e que não havia funcionários para informar sequer sobre a escala de plantão solicitou a presença da polícia. Acompanhado de vários agentes o delegado Adriano Bernardes Cavalheri, compareceu ao hospital. Com a chegada dos policiais, os dois médicos plantonistas – um ortopedista e um cirurgião - apareceram, oportunidade em que informaram que não atenderam os pacientes porque estavam ocupados realizando uma cirurgia. A informação sobre o ocorrido foi dada ao Jornal Expressão pelo tio de Hélio dos Santos, o comerciante Josué Xavier da Silva. Ele diz que, com a presença da polícia, a situação se reverteu. Minutos depois, segundo ele, outros médicos de diferentes especialidades também compareceram providenciando, imediatamente, a realização de exames de raio X e ultrassonografia aos acidentados. O diretor administrativo do hospital, Jonas Ribeiro, diz que “houve um mal entendido” e que os pacientes só demoraram em ser atendidos porque não havia, no momento, um neurologista, mas que o atendimento foi feito, em seguida, sem nenhum problema. Ele contesta a informação da enfermeira de que havia apenas dois médicos na hora no hospital: “haviam sete médicos”. Embora assegure que haviam vários profissionais no hospital, o diretor se negou a fornecer o nome dos médicos que estariam de plantão. O delegado Adriano Cavalheri informou que já instaurou Inquérito Policial para apurar crime de suposta omissão de socorro por parte dos médicos e da direção do hospital. Diz que, nos próximos dias, deverá ouvir todos os envolvidos no episódio. O paciente Hélio dos Santos teve alta na manhã de terça-feira. Os demais envolvidos no acidente, até na tarde desse dia, permaneciam internados sob observação médica.
 
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