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09/11/2010 - 18:50

Deputado e assessores discutem futuro da bancada sem Pedro Henry

Por Vinícius Tavares/OLHARDIRETO

A bancada federal de Mato Grosso começa a se reunir para decidir seu futuro e manter a sua representatividade nacional. O principal desafio é a votação do Orçamento Geral da União 2011 (OGU), que envolve um grande esforço de articulação para garantir que os recursos das emendas parlamentares não sejam perdidos e acabem nas mãos das bancadas mais numerosas e com mais poder político. O assunto será discutido na tarde desta terça-feira (9) entre assessores da senadora Serys Slhessarenko (PT) e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), decano peemedebista da bancada. “Vamos ver como vai ficar a situação da nossa bancada. Temos que nos reunir e decidir”, disse Bezerra ao Olhar Direto. O problema é que, embora o deputado Pedro Henry (PP) tenha sido eleito pelos deputados e senadores para coordenar a bancada mato-grossense, o nome de Serys ainda consta como coordenadora. Por isso, partiu dela a realização da reunião. Após ser escolhido em maio para comandar os deputados e senadores, Pedro Henry pediu licença do mandato e foi substituído pelo suplente, o deputado Chico Daltro (PP), que também deixou sua cadeira na Câmara Federal para disputar o governo do Estado como candidato à vice de Silval Barbosa (PMDB). Procurado pela reportagem, Pedro Henry disse que não ficou sabendo da marcação da reunião. Ele estranhou que outros parlamentares estejam se articulando para decidir sobre os rumos da bancada. “Ontem peguei o mesmo vôo do deputado Carlos Bezerra e não foi dito nada a este respeito. E pelo que eu saiba, a senadora Serys está na Coréia do Sul. Acho muito estranho que esta reunião seja marcada”, disse o coordenador. A eleição para escolha do novo coordenador acontece somente em abril do próximo ano. Entre os oito deputados federais e três senadores há muitas incertezas quanto ao futuro da composição dos representantes de Mato Grosso na Câmara e no Senado. Dos três senadores, dois serão renovados e, portanto, não devem assumir a função. Já entre os oito deputados, a situação é mais nebulosa. Pedro Henry e Eliene Lima (PP) estão com problemas com o Tribunal Regional Eleitoral (TER) e não sabem se vão poder assumir seus novos mandatos. Derrotada na busca à reeleição, Thelma de Oliveira (PSDB) também não deverá assumir a coordenação. O mesmo acontece com Carlos Abicalil (PT). Por enquanto, os únicos deputados reeleitos e que não apresentam restrição perante a justiça eleitoral são Homero Pereira (PR), Wellington Fagundes (PR), Valtenir Pereira (PSB) e o próprio Bezerra.
 
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