Jornal Oeste

Correio Cacerense Com a presença de várias autoridades e representantes da sociedade Mirassolense e do Promotor de Justiça Pompílio de Azevedo Filho, o juiz diretor do Fórum da Comarca de Mirassol D´Oeste, Emerson Pereira Cajango, fez na tarde de sexta-feira última 22, o lançamento da Campanha Nacional da Adoção. A campanha teve como mote o Dia Nacional da Adoção comemorado ontem, 25 de maio e a programação foi organizada pela Comissão Judiciária Estadual de Adoção (Ceja), ligada à Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso. O foco da campanha, ressalta o juiz Emerson Cajango, está voltado para o esclarecimento da sociedade. "Tudo para esclarecer o processo de adoção e estimular o surgimento de novas famílias“, disse ele. Materiais contendo informações sobre a adoção começaram a ser entregue nas cidades que integram a Comarca de Mirassol D´Oeste visando dirimir dúvidas sobre o processo da adoção. "Já deferimos alguns processos de adoção e outros estão em andamento em nossa Comarca", informou o magistrado. Com o lançamento desta campanha, segundo o juiz Emerson Cajango, o Poder Judiciário pretende conclamar a sociedade e os servidores a refletir sobre o abandono em que se encontra parcela significativa das crianças brasileiras. Busca-se promover uma conscientização coletiva sobre o papel da adoção na realidade social de muitas pessoas, como os próprios menores e/ou seus pais. Em Mato Grosso, a Justiça Estadual desenvolve desde 2007, de forma permanente, a campanha Adotar é Legal. O projeto foi lançado em 2001 com o objetivo de despertar na sociedade o interesse pela adoção, não apenas de crianças pequenas, mas de meninos e meninas com idade superior a sete anos ou que tenham problemas de saúde. A meta é fazer com que os pretendentes a um filho reduzam as exigências e pensem na possibilidade em adotar as crianças disponíveis nos lares e abrigos públicos do Estado. Mato Grosso possui atualmente 480 crianças e adolescentes abrigados em 43 instituições cadastradas na Ceja. Destas, 45 crianças estão em condições judiciais de receberem uma nova família (já tiveram a destituição do poder familiar). São 300 casais pretendentes à adoção. A Ceja (Comissão Judiciária Estadual de Adoção) explica que, em geral, a preferência é por crianças recém-nascidas, de pele branca, sem problemas de saúde e do sexo feminino. Porém, esses requisitos dificultam o processo de adoção, já que as aptas à adoção têm idade acima de sete anos, são meninos, pertencem a grupo de vários irmãos e algumas possuem problemas de saúde. A campanha visa estimular justamente a adoção desse grupo. Mas, o resgate da identidade de crianças e adolescentes que moram em abrigos por vários anos também pode ser feito de outras maneiras. A convivência familiar e comunitária pode ser também por intermédio do projeto Padrinhos Pais Solidários. As pessoas podem prestar um serviço às instituições ou apadrinhar crianças abrigadas, arcando com cursos de formação, como inglês, futebol ou informática. O projeto oferece ainda a possibilidade do padrinho cadastrado levar uma criança para passar o fim de semana com ele. E algumas pessoas que já fizeram a experiência acabaram adotando crianças depois do período de conhecimento. Quem estiver interessado em se cadastrar basta procurar o Fórum de Mirassol D’Oeste, ou manter contato pelo telefone: (65) 3241-1391, para maiores informações.