Jornal Oeste

A curiosidade foi o principal ingrediente para o desenvolvimento do projeto ‘Criatividade Cientista na Cozinha’, desenvolvido pela Escola Estadual João Sato, da cidade de Araputanga. Cerca de 200 estudantes do Ensino Médio participaram das atividades interdisciplinares que deram origem a um livro de receitas (que conta com 16 opções de cardápio) distribuído a todos os participantes. Todo o trabalho foi acompanhado pelo Centro de Formação de Atualização de Profissionais (Cefapro) de Cáceres, por meio do professor Valtemir Pereira. A diretora da unidade, Conceição Aparecida Barboza, explica que a ação foi desenvolvida ao longo de quatro meses, nos períodos matutino, vespertino e noturno. ‘Dessa forma contemplamos a todos os alunos do 2º ano do Ensino Médio’, diz ela. A diretora avalia ainda que o projeto interdisciplinar ajudou no processo de construção de conhecimento. O projeto foi uma oportunidade de transformar a sala de aula em uma comunidade de investigação e de pesquisa. O diferencial é que para poderem elaborar as receitas, os estudantes tinham ações a serem executadas, por exemplo, por meio da pesquisa de campo, que contemplava disciplinas como a Geografia e Ciências Biológicas. Por meio dela, os estudantes foram para feira e também conhecer como era feito o plantio do alimento. Também tiveram de realizar entrevistas e redigir textos posteriormente, o que serviu como atrativo para o estudo da língua portuguesa. Houve ainda o trabalho de pesquisa em livros e também com uso de internet para que pudessem trabalhar na confecção das receitas os alunos faziam um verdadeiro trabalho sobre a origem do alimento e os aspectos culturais que os envolvem. Durante a aula prática os estudantes estudaram ainda os processos químicos e também aprenderam nas aulas de Ciências Biológicas sobre a alimentação saudável e aqueles que ajudam na prevenção a um série de doenças. Na disciplina de física, por exemplo, estudaram sobre as necessidades calóricas diárias de um ser humano, de acordo com peso, altura e gênero. O projeto contou com a participação da comunidade, que ajudou com recursos para a impressão do livro, bem como deu suporte as ações. Uma nutricionista da cidade palestrou na escola e acompanhou o desenvolvimento das atividades. O resultado da iniciativa, desenvolvida pela primeira vez na unidade escolar, terminou com a realização de um grande seminário e com a degustação dos quitutes usados no processo de ensino e aprendizagem. Para 2011 a proposta é de que mais uma edição do projeto seja executado.