Jornal Oeste

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) em consonância com o destaque nacional do Ministério da Saúde (MS) para a prevenção da sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), alerta a sociedade mato-grossense sobre as medidas preventivas para esses agravos. Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, da SES/MT, Siriana Maria da Silva, a melhor prevenção para a DST’s é o uso do preservativo sexual (camisinha masculina ou feminina). “O preservativo está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde de Mato Grosso em quantidade suficiente para atender toda a população. Todos podem adquirir, gratuitamente, sem a necessidade de fazer qualquer cadastro”, explicou Siriana Maria. A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Covepi), vem desenvolvendo várias atividades de monitoramento, combate e controle da sífilis e outras DSTs com intensificação dessa estratégia a partir do ano de 2007, quando a sífilis apresentava número elevado de ocorrências em crianças. Foram intensificadas as ações de redução, por intermédio do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/AIDS) e hepatites virais. Entre essas ações destacam-se as de referências laboratoriais regionais para o diagnóstico da doença, apoio à formalização de consórcios intermunicipais para a manutenção dos laboratórios, orientação aos municípios que recebem incentivos do Plano de Ações e Metas para implementação de capacitações voltadas para a qualidade do pré-natal e do diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis, supervisão e implantação dos Centros de Tratamento e Aconselhamento (CTAs) bem como acompanhamento da gestante e seu parceiro o mais precocemente possível. A coordenadora do Programa Estadual de DST/AIDS e Hepatites Virais, Marlene Lopes Plaster, adiantou que a partir de março de 2010 o Programa deu um passo à frente iniciando o Projeto Sentinela em Parturiente, uma pesquisa para determinar a prevalência da sífilis e do HIV no Estado, que é uma metodologia ofertada pelo Departamento Nacional de DST/AIDS desde o ano 2000. Esta pesquisa vem sendo desenvolvida bilateralmente em todas as regiões do país. “O projeto foi implantado em 13 maternidades do SUS e/ou conveniadas do Estado e resultou no recebimento de quatro mil amostras, na forma de formulários preenchidos com parturientes, no período de março a outubro de 2010. Durante o mês de novembro esses formulários serão digitados e, uma vez estando os dados consolidados, passam à fase de análise epidemiológica para verificar a prevalência encontrada”, explicou Marlene Plaster. As maternidades que entraram no projeto são as seguintes: Hospital Municipal de Alta Floresta Albert Sabin, no município de Alta Floresta, Hospital Municipal Dr. Kleide Coelho de Lima, na cidade de Barra do Garças, Hospital São Luis, em Cáceres, Hospital Municipal de Peixoto de Azevedo, Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, Hospital Santo Antônio, do município de Sinop, Hospital Regional de Sorriso, Hospital das Clínicas de Tangará da Serra, Hospital Vale do Guaporé, no município de Pontes, e Lacerda e Hospital Municipal de Barra do Bugres. Em Cuiabá foram colhidas amostras em três hospitais: Hospital e Maternidade Bom Jesus, Hospital Santa Helena e Hospital Geral Universitário. A pesquisa vem sendo desenvolvida pelo Programa Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais e é reaplicada nacionalmente de dois em dois anos. Ela permitirá também, a Mato Grosso, avaliar a cobertura e a qualidade da assistência do pré-natal ofertada às parturientes. Atualmente o Estado de Mato Grosso trabalha com a prevalência da região Centro Oeste, de 1,3% do número de nascidos vivos para sífilis em gestantes, determinada na última pesquisa nacional. A partir da conclusão da pesquisa o Estado trabalhará com uma realidade local, acordada com especificidades de Mato Grosso. Siriana Maria da Silva ressaltou que o combate, controle e prevenção da sífilis e outras DSTs é uma atividade intersetorial da atenção à saúde da população com especial participação da área de Atenção Básica. “A Atenção Básica detém um importante papel na redução e eliminação da sífilis. O Programa de Humanização do Pré-natal (PHPN) orienta a realização de dois exames, um no primeiro contato com a gestante e outro no início do 3º trimestre da gestação, que podem detectar precocemente a presença da sífilis na mãe e/ou no bebê. Esses exames, feitos na Atenção Básica, permitem a precocidade do tratamento e acompanhamento da gestante e seu parceiro, garantindo a continuidade de uma gestação saudável e o nascimento de um bebê sem a doença”, afirmou. DIA NACIONAL - O Dia Nacional de Combate à Sífilis é comemorado em todo 3º sábado do décimo mês do ano. Este ano acontecerá no dia 16 de outubro