Notícias / Saúde

14/10/2010 - 15:30

Rio Branco e Salto do Céu estão entre os municípios de maior risco a hanseníase

Por Assessoria

Os membros do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso (CES/MT) se reuniram extraordinariamente nesta quarta-feira (13) para discutir o avanço da hanseníase no Estado. O pleno deliberou a realização de uma audiência pública com o objetivo de unificar ações para a redução e eliminação da doença. Segundo o secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), conselheiro Orlando Francisco, a data da audiência pública ainda será marcada. "Mas o Conselho já reforçou a urgência desse encontro porque é um caso de saúde pública que inspira preocupação", ressaltou. Dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (COVEPI) colocam Mato Grosso em primeiro lugar em coeficiente de detecção geral, em relação às demais Unidades Federativas, com 11,3% do total de municípios mato-grossenses como prioritários. Entre os municípios de maior risco estão Diamantino, Santa Carmem, Alto Boa Vista, Rio Branco, Salto do Céu, Nova Brasilândia, Araguaiana, Tangará da Serra, Juruena, Torixoréu e Juara. "As ações devem ser intensificadas para eliminar nosso Estado desse ranking vergonhoso que ele lidera", reforçou Orlando Francisco. Os dados preliminares também apresentam aumento de casos nos municípios da regional da Baixada Cuiabana entre 2001 e 2009. Em Acorizal, por exemplo, o índice foi de 88,34%; Barão de Melgaço, saltou de 52,33% para 76,44%; Chapada dos Guimarães, passou de 20% para 54,80%; Cuiabá, de 17,04% para 71,20%; Jangada, de 36,32% para 70,88%; Nossa Senhora do Livramento registrou 62,40% de aumento; Planalto da Serra, 394,33%; Poconé, passou de 34,34% para 37,31%; e Várzea Grande, de 16,94% para 69,99%. Hanseníase tem cura - Descoberto na Noruega, em 1873, pelo médico Gerhard Hansen, o bacilo de Hansen é o causador da Hanseníase, uma doença contagiosa transmitida por uma pessoa contaminada sem tratamento regular. Os sintomas demoram de dois a cinco anos para aparecerem, sendo que a doença se instala principalmente nos nervos e na pele. É importante destacar que hanseníase tem cura e o tratamento é integralmente oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A contaminação ocorre por meio de gotas eliminadas no ar por tosse, espirro e pela fala. Manchas esbranquiçadas e avermelhadas e caroços acastanhados são sinais da evolução da doença, mas o paciente não sente dor nem coceira. Por isso, ao constatar os primeiros sintomas, é preciso procurar uma unidade de saúde para diagnosticar a doença o mais rápido possível.
 
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