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13/10/2010 - 15:14

Sachetti oficializa saída da Agecopa; Silval indicará nome para sabatina

Por Romilson Dourado/RDNEWS

Sob alegação de que estava convivendo num clima insustentável junto aos demais diretores, Adilton Sachetti formalizou nesta quarta (13), ao meio-dia, a carta-renúncia junto ao governador reeleito Silval Barbosa do cargo de presidente da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa). O blog apurou com exclusividade que Silval aceitou a renúncia prontamente. Um dos seis diretores assumirá interinamente o comando da autarquia. O ex-prefeito de Rondonópolis já havia externado que deixaria o cargo, conforme o RDNews antecipou na semana passada - confira aqui. Por telefone, Sachetti revelou que aproveitou a reunião com o chefe do Executivo estadual para entregar a carta, renunciando ao cargo. "Como o cargo está ligado ao gabinete do governador, eu o comuniquei. Abri mão do mandato para ele tomar a atitude que achar melhor e indicar outra pessoa para a presidência", declarou Sachetti. Ele deixa a Agecopa 11 meses após ser nomeado pelo então governador Blairo Maggi, de quem foi secretário extraordinário de Apoio e Acompanhamento a Políticas Fundiárias e Ambientais. Sachetti evita críticas, mas se mostra visivelmente chateado. Era o presidente, mas não tinha autonomia administrativa e financeira. Foi na tentativa de controlar o caixa e despesas exageradas que ele acabou trombando com os demais diretores. A própria lei que instituiu a Agecopa dá plenos direitos aos diretores, mas a responsabilidade pela gestão junto aos órgãos fiscalizadores, como Tribunal de Contas e Ministério Público, assim como junto à Justiça, é apenas do presidente. Adilton Sachetti comenta superficialmente que tem uma visão diferente e uma linha mais técnica do que outros diretores e, como o clima ficou insustentável, preferiu sair. "Nada como dar tempo ao tempo. Não gostaria de comentar mais nada porque já sofri muito. Volto para casa e vou tomar minha vida". Segundo Sachetti, "a Copa tem de sair e, independente do que pensa cada um, os projetos precisam ser executados". Disse que foi uma experiência válida e observou que a Agecopa é a primeira experiência no país de se ter uma agência executiva colegiada. "Até aqui perdemos oportunidades de superar os obstáculos. E, para evitar que continue tendo problemas e dificuldades, eu preferiu renunciar ao mandato", completa Sachetti, que ganhava R$ 12,1 mil mensais, assim como os demais diretores, e tinha garantia da permanência no posto até 2014, ano em que Cuiabá será uma das 12 cidades brasileiras a sediar o Mundial de futebol. Adilton Sachetti observa que, mesmo com as dificuldades que estava tendo com sua empresa, vai retomar à vida empresarial. Não sabe ainda se retorna a Rondonópolis, onde foi prefeito por quatro anos, ou se fixa residência em definitivo em Cuiabá. Perguntado se poderia concorrer novamente ao cargo de prefeito no terceiro maior município mato-grossense, o ex-militante do PPS e do PR, afirma que "sobre política vai repensar" e que não se pode dizer que "dessa água não beberei". Ele programa sair de férias com a família. O governador Silval Barbosa deve definir ainda nesta quarta quem dos seis diretores assumirá a presidência interinamente. O Palácio Paiaguás quer abrir discussão sobre o modelo criada para tocar os projetos visando a Copa. Algumas leis devem ser alteradas. O novo presidente a ser indicado precisa passar por sabatina na Assembleia. Enquanto isso, um diretor seguirá na presidência. A Agecopa, que abriu 80 cargos com diferentes funções, fica agora sob os diretores Carlos Brito (Infraestrutura), Yuri Bastos Jorge (Assuntos Estratégicos), Yênes Magalhães (Planejamento), Roberto França (Comunicação e Marketing) e Agripino Bonilha Filho (Interinstitucional).
 
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