Notícias / Economia

12/10/2010 - 10:02

Fim da greve dos bancários será avaliada amanhã

Por Fernando Duarte

Após a última proposta ser taxada de insuficiente, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) reforçou o aumento para os bancários. O piso salarial e a participação nos lucros e resultados (PLR) tiveram destaque. A nova proposta será analisada nesta quarta-feira em assembleia e, caso aceita, deve dar fim à greve. Em reunião realizada ontem com o comando nacional de greve, a Fenaban ofereceu R$ 1.250 de piso salarial (16% maior que antes da mobilização), reajuste de 7,5% para servidores que recebem até R$ 5.250 (3,2% maior que a proposta inicial), PLR de 7,5% e reajuste fixo de R$ 393,75 para os servidores que recebem acima de R$ 5.250. Apesar do aumento no ganho real, ele ainda está abaixo ao solicitado pela categoria que é de 11%. No sábado (9), a Federação propôs piso de R$ 1.180, PLR de 6,5% e aumento fixo de R$ 266,50 para funcionários que recebem acima de R$ 4,1 mil (salário limite abaixo do atual). O presidente do Sindicato dos Bancários em Mato Grosso, Arilson da Silva, afirmou que, apesar dos avanços, os banqueiros poderiam oferecer reajuste muito maior, já que atuam em um ramo extremamente lucrativo. Ele lembrou que, além da questão financeira, a reunião realizada no final da tarde de ontem serviu para fazer outros ajustes nas exigências dos bancários, como assédio moral e segurança. A assembleia para análise da nova proposta está prevista para acontecer no final da tarde de quarta-feira. Greve - Hoje faz 14 dias que os bancários estão em greve e mais de 130 agências de Mato Grosso participam do movimento. Arilson disse que em Cuiabá e Várzea Grande o número se estabilizou, afetando em torno de 100 unidades, e no interior cresce gradativamente. No Estado existem aproximadamente 4,5 mil servidores nas agências bancárias e somente o Banco Regional de Brasília (BRB) não está em greve, pois os funcionários aceitaram a proposta do banco. Além dos pontos já citados, os bancários querem aumento no auxílio creche, proibição de funcionários para transportar valores, auxílio educação para graduação e pós-graduação, mais contratações e discussão sobre as metas mensais cobradas, que é uma das causas do assédio moral aos funcionários. Na última reunião, a Fenaban se comprometeu a combater essa prática e criar um canal de denúncias.
 
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