Jornal Oeste

O senador Jaime Campos, cacique do DEM no Estado, afirmou neste domingo, uma semana após as eleições gerais, que o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) "era um nome forte dentro da coligação Senador Jonas Pinheiro" e que "só não conseguiu a vitória por falta de condições financeiras para bancar a campanha". “Esse pleito teve um jogo desigual, mas eu respeito o resultado das urnas. Wilson tocou a campanha com poucos recursos, mesmo assim conquistou 17% dos votos", enfatizou Jayme, numa referência ao ex-adversário político e agora aliado. Afirma que o tucano "perdeu de cabeça erguida e com muita ética”. Com 245.527 votos, o tucano ficou em terceiro lugar nas urnas, atrás do empresário Mauro Mendes (PSB) e do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB). Segundo o líder democrata, os prefeitos infieis, aqueles que pertenciam ao DEM, mas que resolveram aderir ao projeto de Silval durante a campanha eleitoral, não foram os responsáveis pela derrota da oposição. “Vamos ser sinceros, o apoio de um prefeito numa campanha ao governo não faz diferença. Eu conheço alguns deles que prometeram conseguir votos para candidatos, mas não conseguiram. Isso mostra que não tem tanta força politica assim”. Apesar de pouca participação do DEM na campanha de Wilson, embora tivesse como vice da chapa o deputado democrata Dilceu Dal Bosco, Jaime Campos garante que os filiados do seu partido se empenharam "muito para Wilson ser governador". "Infelizmente, não foi possível. Tenho certeza de que Wilson terá um futuro brilhante na politica desse Estado", pondera. Wilson e Jayme foram adversários históricos por duas décadas, desde a época em que o hoje tucano era deputado estadual pelo PDT e depois PMDB e, Jayme, governador pelo velho PFL. Neste pleito, os dois partidos decidiram se unir e "morreram abraçados" nas urnas. O grupo não ganhou nem para governador e nem teve chance de ficar com as vagas ao Senado, tendo no palanque o ex-senador Antero de Barros (PSDB) e Jorge Yanai (DEM). Ganharam Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Jayme afirma que a coligação DEM-PSDB esperava eleger três das oito vagas de federal e assegurou duas, com Júlio Campos (DEM) e com Nilson Leitão (PSDB). Acreditava que o grupo faria ao menos 5 deputados estaduais e só chegou a três, com José Domingos e Dilmar Dal'Bosco e com o tucano Guilherme Maluf.