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23/05/2009 - 00:00

Tom é condenado a 20 anos por mandar matar Luiz Preto

Por Jornal Oeste

Gonzaga Junior Da Editoria O desempregado Wenyton Salomão, o Tom, foi condenado a 20 anos de prisão, na ultima quarta-feira, 20, por ter encomendado o assassinato do ex-prefeito de Lambari D Oeste, Luiz Carlos Alves da Cruz, o Luiz Preto, ocorrido no dia 26 de setembro de 2004, quando a vitima saia de um comicio no Distrito de São José do Pingador. Acusado de intermediar o assassinato, Guilherme Moreira, foi condenado a 17 anos de reclusão. Já o pistoleiro, Joel Marçal de Jesus, o Ratão, foi condenado a 19 anos e 6 meses. Dois três, apenas Tom encontra-se foragido desde que foi denunciado pelos demais envolvidos. Os outros estão presos em Cáceres. As sentenças foram proferidas pelo juiz Geraldo Fidelis. A sessão começou por volta das 11h e se estendeu até a 1h30 de madrugada de quinta-feira, 21. Além dos condenados, mais três pessoas ainda serão julgadas por envolvimento na morte do ex-prefeito. Wilson Correia Sampaio, Abadias Alves do Nascimento, o Manezinho e, Sebastião Bartolomeu Pessoa, o Tião. Apesar da tentativa das defesas de adiar os julgamentos, Geraldo Fidelis manteve o julgamento aguardado há mais de quatro anos pela familia e pela população de Lambari D Oeste. Entenda o caso O ex-prefeito foi morto no dia 26 de setembro de 2004, quando saía de uma reunião política na comunidade rural de São José do Pingador. Ele era candidato à reeleição. O delegado que coordenou as investigações, Percival Eleutério de Paula, afirmou na época do crime, que não tinha dúvidas de que o crime teve motivações políticas. Conforme o delegado, o principal suspeito do assassinato, o pistoleiro Abdias Alves do Nascimento, mais conhecido como "Manezinho", é amigo de um dos cabos eleitorais do ex-vereador Wenyton Salomão (Tom), Guilherme Moreira, que teria auxiliado na contratação. O crime teria ocorrido porque Alves da Cruz não apoiou a candidatura do ex-vereador, que foi reeleito. De acordo com o delegado, o crime teria custado R$ 40 mil ao vereador reeleito. Destes, R$ 34 mil teriam ficado com Guilherme Moreira e seis, com o executor. Segundo informações do processo, Preto e Tom foram aliados políticos em anos anteriores. Tom foi secretário de Finanças da gestão de Luiz Preto, porém teria cometido várias irregularidades durante a administração da secretaria. O vereador teria procurado o prefeito, posteriormente, pedindo ajuda para a campanha, mas o prefeito não quis porque ele estaria respondendo a muitos processos. No dia 20 de Dezembro de 2004, Policias civis de Rio Branco prenderam um dos participantes do assassinato. Abdias Alves do Nascimento, o Manezinho, foi preso em Santa Helena, município próximo a Sinop. De acordo Percival Euletério de Paula, o acusado disse em depoimento que ajudou na contratação do pistoleiro Joel Marçal de Jesus, o Ratão, que matou Luiz Preto. O pistoleiro foi preso dois anos depois, em 2006, em Arenápolis. Manobra Depois de ter conseguido adiar os julgamento por algumas vezes, a defesa dos acusados, no último dia 12, atravessou petição requerendo o desaforamento do júri, ou seja, que o julgamento deixasse de se realizar na Comarca de Rio Branco, transferindo-o para a Comarca de Cáceres, pois, segundo ela, o Corpo de Jurados daquela região não seria imparcial, além do que a atual prefeita de Lambari D’Oeste, Maria Manéa da Cruz Vittorazzi, é a viúva de Luiz Carlos da Cruz. O juiz Geraldo Fidelis indeferiu, de plano, o pedido, confirmando o julgamento para quarta-feira, 20, em Rio Branco. Depois de afirmar que o pleito de desaforamento deveria ter sido protocolizado no Tribunal de Justiça e não na própria Comarca, o magistrado disse que “nenhum dos 25 jurados reside em Lambari D’Oeste, pois os mesmos moram nos municípios de Rio Branco e Salto do Céu. "Não há nenhum jurado vinculado à família da vítima. Se porventura houvesse alguma hipótese de quebra da imparcialidade, poderia o interessado recusar o jurado sorteado, nos moldes do art. 468 do Código de Processo Penal”, explicou o juiz. (colaborou Edvaldo de Sá e Sinézio Alcântar).
 
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