Jornal Oeste

UOL O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) irá analisar na próxima quarta-feira se continua a julgar a Lei da Ficha Limpa com base no recurso ajuizado por Joaquim Roriz (PSC). Como foi considerado de repercussão geral, o recurso do ex-governador vale para todos os políticos "fichas-sujas". No entanto, nesta sexta-feira, ele entregou no Supremo um pedido de desistência da ação depois de renunciar a candidatura no lugar da mulher, Weslian Roriz (PSC). Na quarta, os ministros irão decidir se continuam o julgamento a partir do que foi decidido no recurso de Roriz, que terminou empatado em 5 a 5 esta semana. Se for reiniciar o julgamento, o tribunal terá que esperar outro recurso contra a lei, atrasando ainda mais o julgamento. Para juristas, a decisão de Roriz suspende o julgamento. "Em princípio, se ele renunciar perde o objeto do recurso. E esse julgamento perde validade e o Supremo terá que analisar a Lei da Ficha Limpa em outro processo", disse o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Arnaldo Versiani. O advogado Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE, concorda que o Supremo terá que colocar em julgamento outra ação para decidir sobre a Ficha Limpa. "Perderia o objeto porque não há mais registro de candidatura, então não tem mais a discussão", disse. SAÍDA Em carta dirigida à população do Distrito Federal, Roriz disse que decidiu renunciar à disputa mesmo tendo a ficha limpa e sofrendo acusações baseadas em "sofismas". Ao se declarar injustiçado por aqueles que o "acusam sem provas", o ex-governador pede na carta votos para a mulher, Weslian Roriz (PSC), que vai disputar o cargo em seu lugar. "Não posso mais ser candidato. Mas a eleição correrá em meu nome e o povo de Brasília me honrará, elegendo governadora minha amada esposa, companheira de meio século, competente, honrada, humana e digna. Estarei com ela a cada minuto, da mesma forma que ela sempre esteve comigo, e foi a grande responsável pela alta dose de humanismo dos quatro períodos de governo que chefiei."