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22/09/2010 - 00:00

Oficiais de Justiça entram em greve em Mato Grosso

Por Jornal Oeste

Isa Sousa MIDIANEWS Os 21 oficiais da Justiça Federal do Trabalho em Mato Grosso, lotados em Cuiabá, aderiram na segunda-feira (20) à greve dos servidores do Poder Judiciário Federal, que começou na última quarta-feira (15). Entre as exigências da categoria está reposição salarial de 56%, referente à inflação acumulada desde 2006, e arquivamento imediato do PL-549/2009, projeto de lei que prevê um "congelamento salarial" por dez anos, e que já passou pelo Senado e tramita agora na Câmara Federal. Até agora, os oficiais são os únicos a aderirem 100% do movimento grevista, que, de forma geral, possui 30% dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Justiça Federal e Justiça Eleitoral. Apesar da totalidade dos oficiais de Cuiabá em greve, a presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais no Estado de Mato Grosso (Assojaf-MT), Mari Rockenbach Ribeiro, informou que o mínimo exigido para que o movimento seja considerada legal está sendo cumprido. "Estamos trabalhando em forma de escala e com 30% dos nossos servidores. Além disso, vamos cumprir o que tiver caráter emergencial, como mandados e liminares que exijam certa urgência", disse. De acordo com Mari, a greve pode afetar a população quanto à demora de ações que não sejam tão urgentes. "Vai acabar demorando um pouco mais a execução de algumas ações, em virtude exatamente de que não estaremos trabalhando com 100% da equipe. Os casos de penhora são um exemplo", explicou a sindicalistas. Eleições sob risco Atualmente, os órgãos do Judiciário Federal englobam 1.049 servidores, instalados em 51 municípios. Destes, 804 são sindicalizados e, segundo o presidente do do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal de Mato Grosso (Sindijufe/MT), Pedro Aparecido de Souza, estima-se que 300 aderiram à greve. "No dia 28 de setembro, uma caravana do Judiciário federal de todo país estará em Brasília para reivindicar as pautas ao Governo Federal. Já temos um ônibus fechado para a data", afirmou Pedro. Segundo o presidente, caso a greve prossiga e haja adesão maior dos servidores, as eleições do dia 3 de outubro podem ser comprometidas. Mesmo sem querer interferir no processo eleitoral, Pedro observou que o movimento pode agregar funcionários ligados diretamente às eleições. "Não temos intenção nenhuma de paralisar ou prejudicar as eleições, mas o dia 23 próximo é o prazo final para o lacre das urnas e também para a reimpressão do título de eleitor. Já nas eleições em si, imagina se a grande porcentagem de funcionários em greve for do setor de informática", alertou, na semana passada, quando foi anunciada a greve.
 
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