Notícias / Economia

19/09/2010 - 00:00

Construção Civil faz de Cáceres 5º maior gerador de empregos do Estado, segundo ministério do Trabalho

Por Jornal Oeste

Assessoria/PMC A construção de casas populares, pavimentação asfaltica e centenas de empreendimentos privados, transformou Cáceres no 5º maior gerador de empregos com carteira assinada em Mato Grosso no mês de agosto, conforme dados divulgados pelo ministério do Trabalho. Os números, que superam o de Rondonópolis, terceira maior cidade do Estado, tendem a crescer ainda mais nos próximos 12 meses, com a previsão de investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões reais. A maior parte deste recurso são de investimentos públicos que vão ser destinados justamente para obras de infra-estrutura baseada na indústria da construção civil. De acordo com o secretário de Indústria e Comércio de Cáceres, Adilson Reis, os empregos a serem gerados nos próximos meses deve reduzir consideravelmente o índice de desemprego numa faixa expressiva e pode zerar o déficit provocado pela redução de postos de trabalho, como o provocado recentemente pelo Frigorífico Friboi. “Ainda não é o suficiente, mas certamente vai provocar estabilidade e o crescimento da economia da nossa cidade”, explica o secretário. O prefeito Túlio Fontes é mais otimista. Além dos investimentos previstos, ele aposta na consolidação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e em novos empreendimentos turísticos que irão surgir por conta do potencial da cidade e da Copa do Mundo, em Cuiabá, em 2014. “O cenário futuro é promissor. Vamos continuar crescendo e não medirei esforços para que isso aconteça”, argumenta. Para reforçar esse otimismo, o prefeito lembra que a escolha de Mato Grosso como sede da Copa do Mundo foi por causa do pantanal. Ele argumenta que se o turista vir ao Estado com o propósito de conhecer o pantanal, ele obrigatóriamente terá que vir à Cáceres, onde nasce e está a maior parte do pantanal Mato-grossense. “Não tem pantanal na Chapada dos Guimarães, em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis. O pantanal está em Barão de Melgaço, Poconé e em Cáceres”, explica. Para que esta perspectiva não fique só em planos, Túlio Fontes revela que a prefeitura já está executando o projeto denominado “Cáceres 2014”, que prevê investimentos para consolidação e transformação da cidade no maior pólo turístico do Estado. No entendimento do prefeito, o projeto será a grande arma para que Cáceres retome seu desenvolvimento de forma acelerada. “A nossa verdadeira vocação econômica é sempre foi o turismo. Temos um tesouro nas mãos e esta é a chance para descobri-lo”, argumentou contrapondo discursos políticos que sustentam que o futuro da cidade está na prestação de serviço. “O maior prestador de serviço é o setor publico e ele jamais vai gerar os empregos necessários para sustentabilidade da nossa cidade. Acreditar nisso é pensar pequeno”, pondera. Realidade Em Cáceres, o aquecimento no mercado formal se deve principalmente à construção civil. Dois conjuntos de casas populares estão sendo construídas na cidade. Os recursos são do governo federal, através da Caixa Econômica Federal e fazem parte do Programa Minha Casa, Minha Vida. Até 2011, a expectativa é a conclusão da construção de 1.500 novas moradias. 215 delas estão sendo construídas no bairro Jardim Guanabara e gerando 112 empregos com carteira de trabalho assinada, e com mão de obra local. Os trabalhadores recebem mensalmente um salário 20% maior que o mínimo, como produtividades. A obra teve início em fevereiro deste ano e garantiu oito meses de emprego fixo aos funcionários. Ao lado do aeroporto Nelson Dantas, outras 350 casas estão sendo construídas no Residencial Jardim Aeroporto, garantindo 280 empregos diretos com carteira assinada. A média de salário é de 800 reais. Os dois projetos geram ainda empregos indiretos, como a contratação de veículos para transporte de carga seca, e asseguram a injeção de dinheiro no comércio local –além de empregar moradores da cidade, a maioria das compras de material para as construções é feita no comércio local. Segundo o prefeito Túlio Fontes, as verbas para a construção de casas populares foram asseguradas no primeiro semestre de 2009, através de convênio assinado com a Superintendência da Caixa Econômica Federal. “Além disso –afirma ele- temos a prefeitura como geradora de empregos diretos e indiretos também. Cumprimos o compromisso de dar continuidade às obras de pavimentação, asfaltando ruas no Jardim Paraíso, Cidade Alta, São Luiz, Cavalhada. Concluímos pavimentação e drenagem na Praça do Geraldão, entregamos 232 casas populares (primeira etapa do Jardim Guanabara), estamos com 98% da obra do aterro sanitário concluída, estamos em andamento com a construção de módulos sanitários lançado este ano, sendo 111 em Cáceres e 66 no distrito do Caramujo, beneficiando moradias onde não havia banheiros, lançamos a obra de revitalização da praça Esperidião Marques, no bairro São Miguel, e a construção da Cozinha Comunitária no bairro Vila Mariana. E as expectativas são grandes para o lançamento de novas obras que deverão melhorar e muito a infra estrutura de Cáceres nos próximos dois anos”, completa. Números oficiais A indústria no Estado de Mato Grosso é a responsável pela geração de 36,8% dos empregos formais criados em 2010, no acumulado de janeiro a agosto, comparado com o mesmo período de 2009. No total a indústria gerou 11.007 empregos formais, ficando a frente de setores como agricultura com 9.2003 postos de trabalho, serviços com a geração de 6.003 empregos e comércios com 3.655. No acumulado do ano o Estado criou 29.879 empregos com carteira de trabalho assinada, um crescimento de 8% comparado com 2009. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Jandir José Milan, o crescimento de Mato Grosso na geração de empregos é muito expressivo a comparar o ano de 2010 com 2009. “Os números são muito bons e o Estado está indo por um bom caminho”, destaca. Na indústria o segmento que mais empregou no ano de 2010 foi à indústria de transformação com 5.874 postos de trabalho. Dentro desse segmento, a indústria alimentícia e de bebida gerou 2.507 empregos. A indústria da Construção Civil ficou em segundo lugar na geração de empregos com a criação de 4.800 empregos formais, um reflexo da expansão do setor no Estado. Conforme os dados da Assessoria Econômica da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, as cidades que mais empregaram em agosto de 2010 foram Cuiabá, Sinop, Tangará da Serra, Alta Floresta, Cáceres e Rondonópolis. Essas seis cidades juntas geraram um saldo positivo de 1.919 novos postos de trabalho. 2 mil novos empregos De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em agosto de 2010 foram criados 2.277 empregos celetistas em Mato Grosso, equivalente ao crescimento de 0,44% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal expansão deveu-se principalmente ao crescimento nos setores de Serviços (+998 postos), da Construção Civil (+879 postos) e do Comércio (+500 postos), cujos saldos superaram principalmente a queda da Agropecuária (-225 postos). Nos primeiros oito meses deste ano, houve acréscimo de 29.879 postos (+6,07%). Esse desempenho é o segundo melhor da Região Centro-Oeste, sendo superado apenas pelo observado em Goiás (+83.418 postos). Nos últimos 12 meses, verificou-se um aumento de 2,82% no nível de emprego ou +14.320 postos de trabalho. Brasil Em agosto foram gerados no Brasil 299.415 novos empregos com carteira assinada, recorde absoluto para o período, segundo dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego. Os números foram anunciados na quinta-feira (16) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Com o número de agosto, em 2010 o país alcança a marca também recorde de 1.954.531 novos postos de trabalho. Em 12 meses, o número chega a 2.269.607 novos empregos formais. "O Brasil retomou a onda de crescimento registrada no segundo semestre de 2009 e no início deste ano, como já prevíamos. Teremos desempenho recorde nos próximos 3 meses e fecharemos o ano com 2,5 milhões de novos postos formais de trabalho; e chegaremos ao fim do Governo Lula com mais 15 milhões de trabalhadores empregados formalmente, o maior número de empregos gerados na história do Brasil", afirmou Lupi. O resultado supera em 23,7% a melhor marca já registrada para o mês, em 2009, quando foram criados 242.126 postos de trabalho. O desempenho favorável do emprego formal em agosto é sustentado pelo crescimento da economia, estimulado principalmente pelos níveis de consumo interno e também pelos investimentos públicos e privados.
 
Sitevip Internet