Jornal Oeste

Thalita Araújo OLHARDIRETO O último governo estadual que teve um bom nível de investimentos no setor do Turismo em Mato Grosso foi o do democrata Júlio Campos, na década de 80. A análise é do empresário Oiran Gutierrez, presidente do Sindicato de Empresas de Turismo do Estado (Sindetur). Gutierrez, que trabalha no setor há 27 anos e hoje é dono de agências na capital e interior, argumenta que ajudou a criar todas as entidades de classe do setor no Estado e acompanhou de perto a relação com o poder público. Ele conta que durante o governo de Júlio quem esteve à frente da Empresa Mato-grossense de Turismo, Turimat, foi Francisco Lacerda, conhecido por “Chiquinho Lacerda”, que teria desenvolvido um trabalho bastante eficiente no setor. “Naquela época sim, nós éramos bem divulgados pelo país, nossos potenciais turísticos começaram a se fazer conhecidos”, diz Oiran. Posteriormente, já no fim da década de 80, o governo de Carlos Bezerra extinguiu a Turimat. “A partir do fechamento do órgão o setor turístico começou a afundar em Mato Grosso”, lamenta o empresário, que chegou a comandar a pasta antes da extinção. Mais adiante, no governo do tucano Dante de Oliveira, cujo primeiro mandato iniciou-se em 1995, foi reativada a secretaria de Turismo, uma iniciativa importante, mas segundo Oiran, sem muitos trabalhos relevantes na área. Já a gestão de Blairo Maggi (PR), que sucedeu Dante, é analisada pelo presidente do Sindetur como catalisadora de melhorias na infraestrutura, principalmente por conta de restauração de estradas e abertura de novas rodovias. “Mas ainda falta muita coisa”, completa. Oiran ressalta que, com a chegada Copa em 2014, abre-se uma brecha para se voltar a pensar e investir em turismo em Mato Grosso de maneira efetiva e acelerada, divulgando os potenciais para o resto do país e do mundo e estruturando o estado para receber a demanda.