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21/05/2009 - 00:00

Preços das vacinas contra aftosa registram queda de até 8,44% no Estado

Por Jornal Oeste

MARCONDES MACIEL Da Reportagem Em plena campanha de vacinação contra a febre aftosa, os preços da vacina em Mato Grosso apresentam queda de até 8,44% no mês de maio, em relação ao período da última etapa da campanha, em novembro de 2008. Em algumas regiões, contudo, o preço da dose foi mantido ou sofreu pequeno variação ppositiva. De acordo com levantamento realizado pela Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) junto ao comércio agropecuário das principais regiões produtoras, a queda mais expressiva aconteceu no município de Tangará da Serra (239 quilômetros ao norte de Cuiabá), onde a dose era comercializada por R$ 1,20 e teve seu preço reduzido para R$ 1,10 (-8,44%). Em Cáceres (225 Km a oeste de Cuiabá), o preço da vacina caiu 7,71%, recuando de R$ 1,30 para R$ 1,20. Em Rondonópolios (210 Km ao sul de Cuiabá), a dose da vacina também sofreu redução (-5,99%), com os preços caindo de R$ 1,17 para R$ 1,10. Na Grande Cuiabá, os preços foram mantidos em R$ 1,13 e, nas regiões mais distantes da capital, caso de Alto Floresta (803 Km ao norte da Capital) e Canarana (823 Km a leste), os preços tiveram ínfimos acréscimos. Em Alta Floresta, por exemplo, a dose custa apenas R$ 0,02 a mais (passou de R$ 1,18 para R$ 1,20) e, em Canarana, o reajuste foi de R$ 0,03 por dose, que passou de R$ 1,27 para R$ 1,30. (Veja quadro ao lado) CUSTO – Com a queda dos preços da vacina no Estado e a eliminação de uma etapa da campanha de vacinação (fevereiro), os pecuaristas mato-grossense tiveram ganhos adicionais com a redução dos custos de vacinação. “A extinção de um período de vacinação facilitou bastante a vida do pecuarista”, afirmou o vice-presidente da Acrimat, José João Bernardes. “Não só facilitou o manejo [do gado] como propiciou uma economia significativa para o produtor, que passa a vacinar duas vezes por ano, ao invés de três, e o que é mais importante: sem perder a eficiência do controle sanitário”. A economia estimada na campanha de vacinação, segundo estimativas da Acrimat, é de R$ 1,50 por animal vacinado. Com um rebanho de 5,51 milhões animais na faixa etária de zero a 12 meses, segundo estimativas do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), os pecuaristas de Mato Grosso vão economiar R$ 8,26 milhões só com a aplicação da vacina na campanha de fevereiro, cuja exigência de vacinação era para animais de até 12 meses. CAMPANHA - Para a etapa de vacinação no mês de maio, o Indea solicitou 16 milhões de doses. A campanha, iniciada no último dia 1°, tem meta de atingir 100% do rebanho de bovinos e bubalinos do Estado, estimado em 11 milhões de cabeças. A campanha é obrigatória para animais de zero a 24 meses e o prazo para vacinação se estende até o próximo dia 31. A partir dessa data, o produtor tem prazo de 10 dias para comunicar a vacinação. A não comunicação nesse prazo pode implicar em multa de R$ 58 por animal não imunizado. O presidente do Indea, Décio Coutinho, informou que todas as estratégias normais das etapas de vacinação foram mantidas, “o que nos dá a garantia de que todos os animais serão vacinados”. Segundo o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, a campanha vem superando as expectativas e corre dentro da normalidade. “Este ano os pecuaristas não deixaram para a última hora e aceleraram o trabalho de vacinação”. Ele não soube informar quantos animais foram vacinados até agora nesta campanha. Detentor do maior rebanho bovino do país, com cerca de 26 milhões de cabeças, Mato Grosso está há 13 anos sem registrar focos de febre aftosa em seu rebanho.
 
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