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08/09/2010 - 00:00

Candidatos ao governo já injetaram mais de R$ 6 milhões na campanha

Por Jornal Oeste

Téo Meneses Da Redação Faltando menos de um mês para a eleição, a segunda e obrigatória prestação de contas parcial da campanha mostra que os candidatos arrecadaram e gastaram pouco até o momento. O governador Silval Barbosa (PMDB) foi quem mais arrecadou na disputa pelo Palácio Paiaguás (R$ 4 milhões), mas o valor representa apenas 13% do total previsto por ele (R$ 30 milhões). O empresário Mauro Mendes (PSB) apresentou os maiores gastos (R$ 2,6 milhões) e que equivalem a somente 10% do estimado (R$ 20 milhões). Já o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) declarou ter arrecadado apenas R$ 25 mil, ou seja, 0,001% do total esperado, que é de R$ 18 milhões. A segunda e obrigatória prestação de contas parcial é exigida de todos os candidatos do país, mas o concorrente ao governo do Estado pelo PSOL, Marcos Magno, não apresentou o balanço até sexta-feira (3), último dia permitido. Por isso, ele pode enfrentar problemas para obter o recibo de quitação eleitoral após a campanha, o que renderá problemas se for eleito ou até mesmo se quiser disputar outras eleições. Ele prevê gastar na campanha R$ 1 milhão. No caso do governador e candidato à reeleição, Silval Barbosa, ele informou a Justiça Eleitoral que arrecadou R$ 4,079 milhões, sendo R$ 415 mil através de doações com recursos próprios, R$ 29 mil em doações de pessoas físicas e R$ 3,6 milhões de pessoas jurídicas. As despesas somam R$ 2,045 milhões. Os maiores gastos foram com pessoal (R$ 767,1 mil), material impresso (R$ 358 mil), locação de imóveis (R$ 183,2 mil) e pesquisas (R$ 61 mil). Mauro diz ter arrecadado R$ 3,078 milhões, sendo R$ 2,350 milhões de doações com recursos próprios e R$ 680 mil doados pelo PSB. Os R$ 2,649 milhões foram gastos principalmente com marketing (R$ 504,8 mil) e doações para outros candidatos (R$ 730 mil). O ex-prefeito Wilson Santos, que diz ter sido prejudicado com as notícias de que o registro da candidatura foi indeferido inicialmente, afirma ter arrecadado R$ 25 mil e gasto R$ 18,1 mil, sendo R$ 17,8 mil com pagamento de pessoal e R$ 310 com despesas a especificar. As informações da prestação de contas vão ser analisadas pela Justiça Eleitoral após a eleição de outubro. Os dados podem ser vistos no site do Tribunal Superior Eleitoral: "www.tse.gov.br". Senadores já gastaram mais de R$ 4 milhões Dos 7 candidatos a senador, o ex-governador Blairo Maggi (PR) e o deputado federal Carlos Abicalil (PT), ambos da coligação "Mato Grosso em Primeiro Lugar", foram os que mais arrecadaram e mais gastaram até o momento. Naildo Lopes (PV) foi o que teve a movimentação financeira mais tímida: apenas R$ 8,5 mil. Blairo arrecadou R$ 1,317 milhão e gastou R$ 994,9 mil. Abicalil informou ter arrecadado R$ 1,168 milhão e desembolsado R$ 1,095 milhão. A prestação de contas de ambos é bem superior a dos adversários. Para se ter uma ideia, só a conta do presidente estadual do PT é praticamente o dobro dos gastos de Antero Paes de Barros (PSDB), que apresentou a terceira maior movimentação financeira na disputa ao Senado. O tucano arrecadou R$ 543,3 mil e gastou R$ 422 mil. O ex-procurador da República Pedro Taques (PDT) apresentou a quarta maior arrecadação até o momento: R$ 130,7 mil e gastou até o momento R$ 117,7 mil. Jorge Yanai (DEM) gastou (R$ 98,9 mil) mais do que arrecadou (R$ 66,6 mil). Naildo Lopes diz ter arrecado apenas R$ 8,5 mil e gasto R$ 470. Wellington Fagundes e Sérgio Ricardo são os que mais gastaram não proporcional O deputado federal Wellington Fagundes e o estadual Sérgio Ricardo (ambos do PR) são os que mais gastaram na campanha proporcional até o momento. Curiosamente, Wellington arrecadou mais até mesmo que o ex-governador Blairo Maggi, que disputa uma vaga no Senado. De olho na reeleição, Wellington Fagundes já tem em caixa R$ 1,3 milhão até o momento, sendo R$ 976 mil somente através de doações de pessoas jurídicas. Gastou R$ 565 mil. O empresário Roberto Dorner (PP), que tem base eleitoral em Sinop, diz ter arrecadado R$ 860 mil e gasto R$ 672,1 mil. Eduardo Moura (PPS), da região do Araguaia, arrecadou R$ 540 mil e gastou R$ 324 mil. Na corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo diz ter arrecadado R$ 929,1 mil e gasto R$ 652,5 mil. O deputado cassado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), é o que apresentou a segunda maior movimentação na tentativa de retomar o cargo. Ele apresentou arrecadação de R$ 545 mil e gastos de R$ 776,8 mil. É permitido aos candidatos gastar mais do que arrecadar. O que é proibido é deixar de prestar contas ou ter o balanço reprovado. Foi essa última situação que levou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a reprovar as contas do ex-prefeito Wilson Santos na disputa pela Prefeitura de Cuiabá em 2008. Por isso, ele ainda briga contra a impugnação do registro. O mesmo ocorre com o empresário Mauro Mendes, que teve as contas de 2008 reprovadas em primeira instâncias. Ambos, no entanto, já recorreram. Os candidatos foram obrigados a prestar contas na primeira parcial até 3 de agosto e a segunda parcial até 3 de setembro. A próxima será apenas após a eleição de 3 de outubro.
 
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