Jornal Oeste

Jonas Jozino Redação 24 Horas News De pai para filho. Assim foi definido o substituto do conselheiro Ari Campos, que se aposentou do Tribunal de Contas do Estado. Em seu lugar entra seu filho, o deputado Campos Neto (PP), que teve seu nome aprovado pela Assembléia Legislativa. O próximo da lista, para a vaga do conselheiro Alencar Soares, é o deputado Sérgio Ricardo, atual 1º secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Ele deverá disputar a vaga contra, possivelmente, o atual secretário de Fazenda do Governo, Eder Moraes. Alencar deve deixar o cargo no ano que vem. Aos 35 anos, Campos Neto estava em seu segundo mandato como deputado estadual. Sua escolha foi rápida e conseguida após acertos do parlamentar com a bancada, com o apoio do principal líder do PP, deputado José Geraldo Riva, presidente da Assembléia Legislativa. "Andei muito por este estado. Conheço os problemas dos municípios e de sua gente e só tenho a me orgulhar dessa minha luta que começou tão cedo e me permitiu ver Mato Grosso da forma como ele precisa ser visto" – disse o político, durante sabatina regimental para o cargo. A confirmação de Campos Neto saiu depois de quatro horas de sessão. Ele foi o primeiro a falar, lembrando de sua trajetória política e da paixão esta atividade que aprendeu desde os seis anos de idade, quando acompanhar seu pai, na época deputado estadual, Ari Leite durante as campanhas. “Meu pai foi deputado por três mandatos. Me ensinou muito. Aprendi muito com ele”, disse. Lembrou ainda que sempre acompanhou o trabalho de seu pai e que com ele chegou a trabalhar o Tribunal de Contas do Estado, antes de ingressar na vida política como deputado estadual. Durante a sabatina para ser consolidado como novo membro do Tribunal de Contas do Estado, Campos Neto foi elogiado pelo seu companheiro de partido e de Várza Grande, Maksuês Leite. Em discurso, Leite disse que Campos sempre provou ser bom de voto, chega com total autonomia, identidade própria ao Tribunal de Contas. “Fico feliz por um várzea-grandense, conterrâneo nosso estar indo para o Tribunal. Vai dar alegria, disse. Para a vaga de Campos Neto, vai assumir na Assembléia Legislativa o médico e vereador de Ponte e Lacerda, Antônio Carlos Azambuja, que no ano passado chegou a assumir interinamente vaga na casa. Azambuja deverá, ainda na quinta-feira renunciar ao cargo de vereador para assumir o posto de deputado estadual. O único voto contra a aprovação do nome do deputado estadual Campos Neto para assumir a vaga deixada por seu pai, Ary de Leite Campos, no Tribunal de Contas do Estado, foi dada pelo deputado Roberto França, que alegou questões de foro íntimo. A indicação de Campos Neto foi, certamente, a ultima deste ano para o TCE. As próximas devem ocorrer no ano que vem. A princípio, haverá uma vaga, que estaria propensa a ser entregue ao deputado Sérgio Ricardo. O político, no entanto, terá que disputar o posto, já que a indicação cabe ao Poder Executivo. Nos bastidores se fala que Maggi deverá “emplacar” Eder Moraes no cargo. Seria, assim, o segundo secretário de Fazenda do seu Governo a assumir a toga de contas. Sérgio Ricardo já esteve mais próximo do TCE quando uma das vagas lhe foi ofertada nas discussões sobre a composição política das eleições municipais, no ano passado. Ele resistiu ao chamado “canto da sereia”, embora, mais a frente, se viu obrigado a abandonar o projeto político de ser prefeito de Cuiabá. A exemplo de 2008, neste momento, Sérgio Ricardo segue na contra-mão dos acontecimentos políticos. Mesmo preterido dentro do Partido da República para disputar a Prefeitura de Cuiabá, o político agora se colocou como pré-candidato ao Governo do Estado. Até aqui, no entanto, ninguém levou a sério a intenção do parlamentar. Contudo, tanto Sérgio quanto Eder Moraes poderão terminar seus dias no TCE. É que além da vaga de Alencar Soares, cogita-se a possibilidade de José Carlos Novelli também se aposentar. Atualizada às 23h49