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27/03/2009 - 00:00

OAB pede revogação da medida de juiz de Cáceres no Conselho Nacional de Justiça

Por Jornal Oeste

Raquel Ferreira Da Redação Portaria baixada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Cáceres, Alex Nunes de Figueiredo, limitando o tempo de visita dos advogados na Cadeia Pública do município provocou insatisfação na categoria e a Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) entrou pedido de revogação da medida no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Figueiredo explica que a decisão foi tomada devido a falta de estrutura e superlotação da unidade prisional, segurança precária e efetivo deficiente de agentes prisionais e policiais militares. Cada advogado pode conversar 40 minutos com o cliente. Caso não haja nenhum outro defensor na fila para entrevista com presos, a conversa pode ser mais longa. Como a medida não estava sendo cumprida, o juiz determinou que quem desrespeitasse a portaria seria autuado em flagrante por crime de desobediência e liberado em seguida. "A decisão é para proteger os advogados deles mesmos, que não se respeitam. Tivemos casos de advogados brigarem porque um queria furar a fila e o outro reclamou. Ao invés da OAB contestar a portaria, deveria se movimentar junto ao governo para construir um parlatório na cidade, com 3, 4 salas. Isso sim resolveria o problema". Para o presidente da Comissão de Direito Penal e Processual da OAB estadual, Ulisses Rabaneda dos Santos, a medida é inconstitucional e ilegal, além de desrespeitar a categoria. Ele entende que a falta de respeito entre advogados é uma questão a ser resolvida pela OAB. E a estrutura deve ser garantida pelo Estado, não cabendo ao juiz tentar solucionar o problema com portarias. Rabaneda afirma que pediu revogação da medida junto ao CNJ. "Caso o pedido não seja acatado vamos ao STF (Supremo Tribunal Federal)".
 
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