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23/08/2010 - 00:00

Entidades pressionam vereadores para investigar Hilário e Newton Miotto

Por Jornal Oeste

Romilson Dourado RDNEWS Os vereadores por Pontes e Lacerda (a 450 km a Oeste de Cuiabá) devem ser "encurralados" na sessão ordinária noturna desta segunda (23) por alguns segmentos organizadores para não ficarem omissos diante de denúncias que pesam contra o prefeito em exercício Hilário Garbin (PR). O republicano assumiu o posto de chefe do Executivo há menos de duas semanas, em substituição a Newton Miotto (PP), que atua na equipe de coordenadores regionais da campanha à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Pedro Alves, morador no jardim Bela Vista e um dos líderes do movimento, revela que a Câmara Municipal recebeu manifestação com 22 assinaturas, pedindo abertura de investigação contra a gestão, a exemplo do que já fez o Ministério Público Federal. Segundo ele, Hilário é um dos denunciados pelo Ministério Público por supostos desvios de aproximadamente R$ 6 milhões da educação e saúde, através do Creatio. O hoje prefeito e que vem acumulando também o cargo de chefe de Gabinete de Miotto foi o presidente da comissão de licitação na época. O MPF denunciou também Gilmar Madonado Roman, secretário de Administração; Ana Cláudia Forin e Patrícia Forin, sobrinhas do prefeito Miotto, e Samir. Os representantes de entidades defendem também investigação da Câmara sobre a evolução patrimonial de Miotto. Observam que, em 2004, o então candidato a prefeito pelo PP declarou que seus bens estavam avaliados em R$ 760 mil e que hoje, seis anos depois, somam R$ 7,8 milhões. Apesar da pressão, a tendência é da maioria dos 9 vereadores ignorar a denúncia contra os gestores Hilário e Miotto. Acontece que somente dois são da oposição: Lorival Rodrigues Moraes, o Kirrarinha (DEM), e Wyldo Pereira da Silva, o Guelo (PDT). Os demais são governistas, sendo eles o presidente do Legislativo Claudinei Sella (PMN), Pedro Vieira (PT), Wanclei Charles (PV), José Pereira (PP), Jalma Parreira (PP), e Natalícia da Silva Carvalho (PP). Só o PP do prefeito Miotto é dono de uma bancada de 3 parlamentares. A Prefeitura de Pontes e Lacerda mantinha contratos com o Oscip Instituto Creatio nas áreas de saúde, esporte e lazer, assistência social, desenvolvimento econômico, educação e cultura, meio ambiente e turismo. Era responsável pela contratação de profissionais para trabalhar nos atendimentos específicos de cada secretaria. A prefeitura, por sua vez, fazia o repasse dos recursos. Na Operação Hygeia, deflagrado em abril deste ano, a Polícia Federal desmontou um esquema de desvios milionários de verbas públicas federais na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e em secretarias municipais. O caso virou escândalo nacional. A Controladoria Geral da União (CGU) constatou, por exemplo, irregularidades na parceria firmada pelo instituto com a Prefeitura de Pontes e Lacerda.
 
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