Jornal Oeste

Gonzaga Júnior Da Editoria Por sugestão do vereador Celso Fanaia (PSDB), a Comissão de Educação da Câmara, se reúne hoje, 17, a partir das 9h, no gabinete do prefeito, com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) e integrantes da equipe econômica da prefeitura, buscar um entendido que coloque fim a paralisação iniciada na ultima sexta-feira, 13. O encontro foi acordado ontem à noite durante a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, que contou com presença de dezenas de professores. Em entrevista na manhã de hoje a Radio Difusora AM, o presidente do SSPM, Vivaldo Gonçalves, disse que a categoria acredita em um entendimento, mas colocou a disposição dos professores em se manter em greve caso não haja avanços nas negociações. Ele afirmou inclusive que já tem marcada uma Assembléia para as 13h de hoje, na sede do Sindicato, onde será discutida a manutenção do movimento. Os professores reivindicam o pagamento da diferença do piso salarial de R$ 927 reais, implantado no começo deste ano pela prefeitura. O município havia se comprometido em pagar os valores a partir da folha de julho, porém a queda inesperada da arrecadação impediu que isso acontecesse. Por conta dessa situação, o secretário de Educação Josué Alcântara enviou um oficio na semana passada ao Sindicato informado que o pagamento só poderá ser feito a partir de janeiro de 2011. Os professores por sua vez não aceitaram a proposta em entraram em greve. Para piorar ainda mais a situação, uma projeção feita recentemente pela equipe econômica da prefeitura, indica que a arrecadação tende a se manter em queda até o final do ano. Hoje durante a entrevista ao radialista Luiz Garcia, Vivaldo Gonçalves afirmou que a categoria teme que a prefeitura não consiga pagar a diferença em janeiro, por isso exige que o pagamento seja feito ainda este ano. Com relação à notícia veiculada ontem no Jornal Oeste, de que o Sindicato não havia notificado a prefeitura sobre a greve, Gonçalves afirmou que enviou um oficio ainda na sexta-feira, 13, ao secretário Josué Alcântara informando sobre a paralisação. Manifestação Ontem durante a Tribuna Livre, o professor Rubens de Lacerda, cobrou duramente a administração. Ele concentrou seus ataques a ex-secretária de Educação, Silvia Fernandes e ao atual secretário Josué Alcântara, ambos do PT. Curiosamente ele poupou o ex-secretário Dimas Santana, do mesmo partido, e o elogiou por supostamente não ter aceitado que a administração entrasse na Justiça contra a categoria. Rubens também fez criticas ao prefeito Túlio Fontes e aos vereadores que compõem a Comissão da Educação da Câmara. Ele cobrou uma maior atuação dos parlamentares, especialmente da Comissão de Educação, formada pelos vereadores Celso Fanaia (PSDB), Lucia Gonçalves (PT) e Usias Pereira (PSDC). O professor, porém, esqueceu de mencionar que a Câmara aprovou por unanimidade a revogação de incentivos aos professores para houvesse condições para a implantação do piso salarial da categoria. Rubens de Lacerda ainda cobrou a implantação do piso salarial nacional de R$ 1.027 reais. O secretário interino de Governo, James Cabral, defendeu a administração. Ele afirmou que o município ainda não pagou a diferença porque não tem dinheiro. Lembrou que a atual gestão, em 18 meses, já proporcionou grandes ganhos a categoria, inclusive com a redução da carga horária e a implantação do piso. Ele pediu que os professores retornem as salas de aula e mantenham o dialogo com a administração, para que juntos encontrem uma solução que não gere prejuízos e comprometa a qualidade da educação no município. Os vereadores Élson Pires (PR) e Cabo Nilson (PRB), cobraram um entendimento rápido entre o município e os professores. Eles se colocaram a disposição para ajudar a resolver o impasse. Já os vereadores, Josias Modesto (PTB), Alvasir Alencar (PP) e Usias Pereira (PSDC), criticaram e culparam a administração pela greve. Alencar foi mais contunde e desferiu ataques pessoais ao prefeito.